Fundação divulga resultado do programa Pós-Doutorado Nota 10

"Eu sou a ditadura: a trajetória do General Emílio Médici entre consenso, consentimento, memória e silêncios (1969-1985)", o "desenvolvimento de novos antifúngicos" e a "transição epitélio-mesenquimal: como alvos moleculares promissores no combate à carcinogênese” são apenas três, entre os 30 projetos que passarão a ser desenvolvidos com os recursos do programa Pós-Doutorado Nota 10 (PDR 10). A Fundação antecipou a divulgação, nesta quinta-feira, 11 de abril, da listagem dos contemplados do edital, que está beneficiando sete instituições fluminenses. Entre elas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou 20 propostas, enquanto a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) tiveram, cada, três projetos beneficiados. O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) também tiveram projetos aprovados.

Criado para estimular os programas de pós-graduação stricto sensu de excelência no estado, avaliados com conceitos 5, 6 ou 7 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Pós-Doutorado Nota 10 financia pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, voltadas à absorção temporária desses jovens doutores, com comprovada experiência em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) em instituições fluminenses, promovendo também a renovação dos quadros funcionais das instituições de ensino e pesquisa do estado. À semelhança do Bolsa Nota 10 (mestrado e doutorado), um dos programas-símbolo da FAPERJ, o programa concede 30 bolsas especiais a recém-doutores com destacado desempenho acadêmico, avaliado por meio de publicações, prêmios obtidos, tempo médio de titulação, entre outros critérios.

As experiências bem-sucedidas com o programa Bolsa Nota 10 que concede bolsas diferenciadas aos melhores alunos de programas de pós-graduação de conceitos 5, 6 e 7, mestrado e doutorado; e o Programa de Pós-doutorado no Estado do Rio de Janeiro (PAPDRJ), desenvolvido em parceria com a Capes, foram as principais inspirações para a FAPERJ criar o Pós-doutorado Nota 10 (PDR Nota 10), declarou Jerson Lima, diretor científico da FAPERJ. De acordo com o diretor, o PDR Nota 10 é um programa que visa ampliar os esforços para a fixação de jovens e promissores pesquisadores em estruturas de excelência das ICTs do estado do Rio de Janeiro, bem como atrair jovens pesquisadores de fora do estado e do país. “Como nas modalidades do Programa Bolsa Nota 10 o PDR 10 procura selecionar os pós-doutores de melhor desempenho e maior destaque acadêmico. É, portanto, um edital bastante competitivo onde o peso maior da avaliação recai sobre o candidato à bolsa, seu histórico de pesquisa e a estrutura que irá recebê-lo."

Até o final do prazo de inscrição foram recebidos pelo sistema inFAPERJ 101 projetos coordenados por pesquisadores de 10 instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio de Janeiro. A demanda, por grande área de conhecimento apresentou a seguinte característica: em ciências biológicas foram recebidos, pelo sistema inFAPERJ, 40 projetos; ciências exatas e da terra, 15 projetos; ciências humanas 13; engenharias 11; ciências da saúde 8; ciências agrárias e letras linguistica e artes, 5 cada; e ciências sociais e aplicadas 4 projetos.

Já a concessão de projetos por grande área atingiu a seguinte distribuição: os projetos da grande área de ciências biológicas representam 46,7% dos projetos aprovados, seguida por ciências exatas e da terra com 16,7% e engenharias com 10%. As grandes áreas de ciências da saúde, ciências sociais e aplicadas e letras linguística representam cada, 6,7% enquanto ciências agrárias e ciências sociais e aplicadas 3,3% dos projetos aprovados.

Puderam inscrever projetos, os orientadores ou supervisores de programas de pós-graduação stricto sensu (conceito 5, 6 ou 7 pela Capes) em instituições de ensino superior (IES) ou de centros e institutos de pesquisa fluminenses, desde que também sejam pesquisadores nível 1A, 1B ou 1C do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, simultaneamente, Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ. Já indicados nas propostas inscritas, os candidatos às bolsas previstas no edital não podem ter vínculo empregatício de qualquer natureza, nem outra fonte de renda – exceção para o contrato de professor substituto (20 horas semanais), na mesma instituição em que estiver realizando estágio de pós-doutoramento. E ainda deverão ter obtido o grau de doutor há, no máximo, cinco anos (30 de março de 2008).

Com recursos de R$ 6,156 milhões, as bolsas concedidas serão de R$ 4.700 mensais, acrescidas de uma taxa de bancada para projetos de R$ 1.000, que permite financiar despesas de custeio, como serviços de terceiros (pessoa física): despesas com hospedagem e passagens para a participação em eventos acadêmicos de curta duração, destinadas ao bolsista, e despesas com a realização de trabalho de campo e treinamento em novas técnicas de laboratório; serviços de terceiros (pessoa jurídica): para a produção de materiais didático-instrucionais, editoração gráfica e material de divulgação de atividades exclusivamente relacionadas ao projeto; material de consumo necessário ao desenvolvimento do projeto e ao funcionamento de laboratório; assim como despesas de capital, em que se consideram material permanente e equipamentos de pequeno porte necessários ao desenvolvimento do projeto e ao funcionamento de laboratório.

Com vigência de doze meses, as bolsas poderão ter até duas renovações por igual período e contarão com prazo máximo de até trinta e seis meses para sua execução. A vigência das bolsas está prevista para ter início em junho.

Os candidatos dos projetos aprovados deverão aguardar comunicação da Fundação , por correio eletrônico, para retirarem seus termos de outorga na FAPERJ.

Confira a listagem completa do programa Pós-Doutorado Nota 10