Danielle Kiffer
Fotos/Divulgação |
O analisador metabólico avalia o ar respirado pelo atleta durante esforço físico |
“O treinamento de luta deve ser personalizado, de acordo com as características individuais de cada atleta. Desta forma pode-se explorar e desenvolver o melhor de cada um. Com isso, estamos estimulando a prática de esportes no estado e possibilitando que nossos lutadores fluminenses tenham mais destaque nas competições esportivas”, afirma Antonio Claudio. O pesquisador explica que lutadores com melhores condições aeróbicas são aqueles cujos músculos têm melhor aproveitamento da energia do oxigênio, o que os torna mais resistentes; outros têm maior capacidade anaeróbica, ou seja, têm mais potência e velocidade durante o combate, sendo capazes de sustentar a força mesmo quando o organismo acumula ácido lático durante o exercício intenso.
Para estabelecer o protocolo, o pesquisador está fazendo testes de avaliação funcional em 30 atletas, com idade entre 18 e 35 anos. Todos eles passaram por avaliações clínicas, que incluem uma anamnese – histórico pessoal, incluindo hábitos, antecedentes familiares, histórico de participação em atividades esportivas, uso de medicação e qualquer queixa física –; exames clínicos, investigando o aparelho cardiorrespiratório e osteomuscular; verificação da pressão arterial; e exames de sangue.
Numa segunda etapa, eles passam por uma avaliação metabólica, em que se avaliam condições cardiopulmonares num exercício de esteira. Nesse teste, o atleta precisa correr durante 10 minutos, dando o máximo de esforço. Por um bocal, que leva o ar respirado para o analisador metabólico, se avalia a quantidade de oxigênio consumido e de gás carbônico expelido. Nesta etapa, verificamos a capacidade cardiorrespiratória do indivíduo e sua capacidade de ressíntese de adenosina trifosfato (ATP), composto químico que fornece energia necessária para a realização dos exercícios e é armazenado nas células musculares. Na etapa seguinte, o atleta é submetido a uma avaliação mais específica, uma simulação de luta, em que se analisa o ar por ele respirado depois de 20 repetições de golpes básicos, em cada modalidade de luta.
Para criar o protocolo de treinamento, os atletas foram avaliados durante corrida e treinamento de luta |
"Por isso o desenvolvimento deste protocolo é tão importante. É a partir dele que podemos destacar o melhor e o pior de um atleta e desenvolver suas aptidões em treinamentos individualizados", ressalta. Já foram testados 17 atletas de taekwondo. O pesquisador pretende repetir os mesmos padrões para os desportistas de judô e boxe e explica que deseja contribuir para que o dito legado dos Jogos Olímpicos para o estado se dê também na forma de maior conhecimento sobre a fisiologia do exercício.
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