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Publicado em: 19/01/2012
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Filmes de polietileno: proposta para higienizar caixas dágua

Vilma Homero

 Divulgação

 

 Projeto da Quanta pretende garantir a qualidade da
 água potável e evitar vazamentos nos reservatórios
  

 

Garantir a qualidade da água que se bebe é de fundamental importância. E manter a limpeza dos recipientes onde essa água fica mantida é igualmente importante. Para isso, a empresa Quanta Química e Engenharia de Meio Ambiente, instalada na incubadora Sul Fluminense, no campus Resende, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), oferece uma solução prática e simples: um filme plástico, flexível e resistente, para revestir a parte interna das caixas dágua. Esterilizado, esse filme não só evita que a água tenha contato com as paredes do reservatório, que costuma acumular impurezas, como ainda veda possíveis vazamentos.

Desenvolvido com recursos do edital de Apoio à Inovação Tecnológica, o projeto traz ainda uma outra vantagem: cada filme é produzido com película de polietileno de baixa densidade – que, como se sabe, é um material resistente, amplamente utilizado para embalagens diversas, inclusive de alimentos –, projetado individualmente, de acordo com as medidas de cada caixa dágua. "Mesmo que inicialmente o custo seja equivalente ao de uma limpeza de reservatório efetuada por empresa especializada, já que é preciso enviar um técnico ao local para tirar as medidas, numa segunda lavagem, esse preço cai em mais ou menos 50%, uma vez que será apenas preciso trocar o filme usado por um refil", explica o engenheiro sanitarista Wilson Ferreira da Costa, responsável pela empresa.

Esse também é o argumento do engenheiro para que o serviço seja utilizado com maior frequência. "Como desejamos que nosso preço seja menor do que a média do mercado, acreditamos que isso permitirá uma maior regularidade nas ações de limpeza, assegurando ainda mais a descontaminação da água para o consumo humano", fala. Uma vez instalado, a superfície lisa do filme dificulta que impurezas contidas na água se fixem em suas paredes. "Isso faz com que a água do reservatório passe por um processo natural de decantação, e que possíveis impurezas – tanto as que se fixam nas tubulações quanto as que sobrevivem à adição de cloro à água – se concentrem no fundo."

Tudo isso também facilitará as limpezas subsequentes à instalação inicial do filme. "Quando for necessária a higienização da caixa dágua, será feita a troca por um refil, nas mesmas medidas do primeiro filme. Nosso técnico não apenas efetua a troca, como traz a película usada e o lodo preso ao fundo para que esse material passe por análise biológica, feita em laboratório. Assim, será possível avaliar efetivamente a qualidade da água consumida, verificando-se se há presença de microorganismos e quais. Fica tudo documentado." Segundo Wilson, isso permitirá, por exemplo, verificar se está havendo algum vazamento de esgoto para a água de abastecimento na tubulação de distribuição.

 Divulgação
Equipe da empresa mostra num pequeno
reservatório como funciona o revestimento  

 

"A grande maioria dos municípios do estado do Rio de Janeiro é abastecida com águas do rio Paraíba do Sul, tratadas com cloro. Com o refil, a água de consumo passará a ser submetida a novo conceito de controle de qualidade pois os consumidores terão as informações qualitativas e quantitativas de todos os resíduos trazidos ou acumulados durante o período, constituindo-se um relevante feed-back para as estações de tratamento de água."

Outra vantagem do filme, é que, por ser feito sob medida, ele não poderá ser reempregado em outro reservatório que não aquele para o qual foi projetada. "Essa também é mais uma forma de garantir a qualidade não só do produto como da água que nele ficará contida", afirma Wilson. Ele frisa ainda que o filme usado é descartado de forma ambientalmente correta. "O filme vai para reciclagem da indústria de plástico e é aproveitado na produção de outros plásticos, como sacos de lixo."

Os recursos do edital permitiram ao engenheiro adquirir o equipamento para produzir o material e construir o protótipo de seu produto. Os problemas encontrados durante o processo – adaptar perfeitamente as conexões para as saídas de água de modo a prendê-las ao filme – foram contornados. "Conseguimos adaptar anéis plásticos de vedação para prender o filme às saídas de água", anima-se. Com o protótipo pronto, Wilson quer seguir para o próximo passo, que é o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para o devido pedido de patente. Enquanto isso não acontece, o produto está sendo submetido a testes práticos, instalado informalmente em algumas casas de amigos no município de Volta Redonda, onde fica a sede da Quanta. "Já há uma empresa do setor interessada em comprar a ideia e fabricar o produto. Mas não quero vender sem antes ter a patente e manter a propriedade do produto", conclui.

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