Elena Mandarim
Ana Bia Fernandes/Uerj |
O espaço, que antes era um depósito abandonado, passa por obras que o transformarão no novo auditório que servirà à comunidade da Uerj |
A pesquisadora ressalta que a Coart/Uerj está alinhada a essa perspectiva de acessibilidade, que, para ela, significa principalmente inclusão. "O Departamento Cultural da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da Uerj, ao qual se vincula a Coart, pretende promover a inclusão social e econômica por meio da arte e da cultura", afirma. É nesse sentido que a Coart estimula diversos projetos artísticos e culturais que tanto são destinados ao público interno quanto externo da universidade. Entre as atividades oferecidas, destacam-se oficinas de artesanato, espaços de leitura, apresentações musicais e teatrais, aulas de fotografia, de dança, de pintura, entre outros. "Todas essas atividades de alguma forma procuram garantir a valorização do indivíduo, que, ao participar, passa a ter uma atitude mais positiva diante das adversidades de sua vida e, com essa maior sociabilização, adquire mais recursos para recuperar sua autoestima", aposta.
Ana Bia Fernandes/Uerj |
Também na Coart, o espaço multimidia e o acervo cinematográfico, da Midiateca, fazem muito sucesso entre alunos e professores |
Acessibilidade é lei
No Brasil, o tema da acessibilidade ficou mais perceptível, a partir de dezembro de 2000 quando foi promulgada a Lei 10.098, popularmente, conhecida como Lei da Acessibilidade que, desde então, vem sendo discutida, aperfeiçoada e implementada nos espaços públicos e privados. Aureanice ressalta que a Coart/Uerj está alinhada a essa perspectiva. "O Departamento Cultural da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da Uerj, ao qual se vincula a Coart, tem como objetivo promover a inclusão social e econômica, por meio da arte e da cultura", afirma.
Dados disponibilizados pelo Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta da existência de mais de 34 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência. Um numeroso grupo de pessoas que, na maioria das vezes, sofre com a falta de acesso à cultura, entretenimento e lazer. Garantir o acesso desses portadores de necessidades especiais – surdos, cegos e usuários de cadeiras de rodas – a lugares públicos e privados, meios de transporte, entretenimento e cultura faz parte da ideia de inclusão social, e é cada vez mais necessário. "Essa realidade explica a necessidade de investirmos cada vez mais em propostas como a da Coart/Uerj", finaliza Aureanice.
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