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Publicado em: 17/11/2011
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Uezo forma profissionais para polo industrial da Zona Oeste

Vilma Homero

 Divulgação/Uezo

         
         Imagens obtidas em microscópio confocal e de varredura mostram a
    biodegradação do polietileno induzida por fungos após contato com o solo

O Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) acaba de dar mais um passo para a formação de profissionais especializados, especialmente para o setor metal-mecânico. No início de novembro, o centro universitário teve aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o credenciamento para seu primeiro curso de pós-graduação stricto sensu, o mestrado profissional em ciëncia e tecnologia de materiais, voltado para a área de inovação e desenvolvimento de materiais. "Essa aprovação pela Capes representa um importante passo para a nossa instituição e certifica a qualidade das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas na Uezo", afirma o professor Alex da Silva Sirqueira, pró-reitor de pesquisa da instituição.

"Ao optarmos pela modalidade de mestrado profissional, reforçamos a vocação da instituição de formar profissionais intelectuais, capazes de inovarem em seu ambiente de trabalho", explica Sirqueira. Organizado em parceria com o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), o curso se destina a suprir a carência de mão de obra especializada da indústria naval, do setor metal-mecânico, que conta com várias empresas instaladas no entorno da universidade.

Para isso, o curso, que será ministrado em dois anos, seguirá duas linhas de pesquisa: "Desenvolvimento e caracterização de materiais poliméricos" e "Metalurgia e materiais para uso naval". Como exemplo, o professor cita atividades no setor de solda. "Uma das nossas áreas de atuação é a reparação naval, que necessita de pesquisas aplicadas para a melhoria do processo evolutivo e na busca de inovações tecnológicas. As ofertas de mestrado nessa área naval, atualmente existentes no país, estão todas voltadas para o campo acadêmico, visando à formação científica. Entretanto, a oferta de formação de profissionais para a realização de pesquisa aplicada em materiais para a indústria naval carece de implantação de programas adequados ao seu atendimento. Estamos empreendendo estudos em metalurgia e de materiais de uso naval, área identificada, pelo Arsenal de Marinha (AMRJ), com uma grande carência de profissionais especializados", fala o pró-reitor. Em metalurgia, por exemplo, a ideia é de que as pesquisas sobre soldagem abranjam todas as etapas do processo, desde a fabricação, passando pela montagem, edificação, inspeção até a reparação das embarcações, já que exige soldas em materiais e técnicas específicos.

Divulgação/Uezo 
      
 Pró-reitor Alex Sirqueira: mestrado aprovado
 pela Capes é um passo importante para Uezo  

Na área dos poliméricos, a ênfase, como explica Alex Sirqueira, é em materiais biodegradáveis. "Hoje, um dos grandes problemas da sociedade moderna é a poluição. Certos materiais poliméricos, como os plásticos e as borrachas, levam muito tempo para decomposição depois do uso. Uma de nossas linhas de estudo será pesquisar formas de abreviar o tempo para esse processo de decomposição, em contato com o solo, e assim minimizar o impacto sobre o meio ambiente." Segundo Sirqueira, outra linha de pesquisa do curso está voltada para o desenvolvimento de materiais poliméricos para a indústria automobilística e de fármacos", afirma.

Como explica o pró-reitor, o comportamento de um material pode levar anos para ser estudado. "Mas com o uso de modelos matemáticos, podemos prever esse comportamento por décadas. Motivo para que a grade de disciplinas oferecidas pelo curso preveja disciplinas de simulação e planejamento de experimentos." Um exemplo citado por ele são as sacolas plásticas, feitas de polietileno e habitualmente usadas como embalagem. "Podemos inserir modificações em sua composição de forma a abreviar o processo de decomposição de 100 para 50 anos. Como não podemos esperar 50 anos para avaliar essas modificações, prevemos e avaliamos, pela simulação matemática, o comportamento futuro desse material", explica. Do mesmo modo, também podem ser simulados ensaios mecânicos de tração, para testar a resistência do material que teve a composição modificada.

"Também podemos fazer simulações de diferentes formas de processamento, como por exemplo, a transformação de determinado material polimérico em sacola plástica ou em garrafa pet (Politereftalato de etileno). Para isso estamos capacitando profissionais para que eles sejam capazes de resolver problemas práticos do cotidiano da indústria, à luz da metodologia cientifica", anima-se o pró-reitor.

Além da parte teórica, o curso contou também com a aquisição de novos equipamentos, adquiridos com recursos do edital Apoio à Recuperação e Modernização da Infraestrutura de Pesquisa nas Universidades Estaduais, além dos programas de fomento para Apoio à Pesquisa (APQ) 1 e Auxílio a Projetos de Inovações Tecnológicas (ADT 1), da FAPERJ. "Foi esse apoio que nos permitiu equipar toda a infraestrutura e adquirir todo o maquinário que será utilizado no curso, como o equipamento de microscopia para avaliar a morfologia dos materiais." Entre eles, um microscópio confocal, capaz de aumentar o contraste da imagem microscópica e construir imagens tridimensionais, permitindo grande definição de imagem. Esta técnica adquiriu grande popularidade e conta com diversas aplicações na ciência, particularmente na obtenção de imagens de amostras vivas e de informação computadorizada tridimensional na pesquisa biológica, na análise química e de materiais. "Além do confocal, contamos com microscópios eletrônicos de transmissão (TEM) e de varredura (MEV), para análises profundas, capazes de chegar à estrutura da célula, até nanopartículas."

Todo esse esforço também acontece com vistas à expectativa da instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). "Afinal, também estamos formando mão de obra qualificada para a indústria petroquímica." O pró-reitor acredita que tudo isso contribuiu para que a Uezo, que vem investindo fortemente em sua infraestrutura de pesquisa, passasse a fazer parte do seleto grupo dos cursos recomendados pela Capes, composto por apenas 5,44% das instituições de ensino superior brasileira. "Tudo isso é o resultado do trabalho árduo e o espírito de cooperação dos docentes da universidade. Tenho a convicção de que nossa região merece e será capaz de fazer a diferença no estado."

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