Vilma Homero
Divulgação / UFRJ |
Acervo exibe peças de ecossistemas diversos, como o costão rochoso |
Mas antes mesmo que o Espaço de Ciência abra as portas, o trabalho já está a pleno vapor. Ali, professores da rede pública têm sido chamados a participar. São eles, por exemplo, os primeiros a ver os miniecossistemas que a equipe vem preparando para exibição: costão rochoso, em que mostram conchas, crustáceos e pequenos animais marinhos que vivem nas rochas batidas pelo mar; mata atlântica, com espécimes da flora e de animais da região; lacustre, com aquários exibindo gastrópodes (caramujos), poliquetas (minhocas aquáticas) e outras exemplares da fauna dos lagos da região; desertificação, com um ambiente mostrando o cenário do que poderá acontecer se o homem não reverter a destruição do que resta de Mata Atlântica no estado.
Tanto quanto contribuir para a elaboração das peças que farão parte do acervo do museu, os professores vêm participando de oficinas para tornar o ensino de ciências mais atrativo. "Considerando a importância de atividades experimentais, da execução de projetos e da própria divulgação do conhecimento científico como ferramentas para o entendimento da ciência e tecnologia, procuramos estimular ações e criar parcerias com iniciativas que busquem despertar no aluno esse interesse", explica a pesquisadora. Foi o caso da mostra que, em meados de setembro, apresentou, em palestras e vídeos, os 54 trabalhos selecionados nas 18 escolas municipais da rede pública de Macaé, elaborados por alunos da 6 a 9 anos do ensino fundamental, na II Mostra de Ciências das Escolas Municipais de Barra Mansa (II MoCem), que teve lugar no Centro de Educação Ambiental, do Parque Municipal da Saudade.
Ali, com ajuda dos professores, os estudantes elaboraram e exibiram em palestras e vídeos os projetos científicos que querem desenvolver. "A seleção foi difícil. Vimos muita coisa criativa, o nível dos projetos foi muito bom. Em outubro, será realizada a solenidade de entrega dos certificados aos alunos participantes e a premiação dos três alunos vencedores, que receberão bolsas do CNPq para desenvolver seus projetos. "Eles terão um ano para executá-los nas instalações do Espaço da Ciência, projeto apoiado pela FAPERJ", fala a pesquisadora.
Documentários sobre meio ambiente e encontro científico
Buscando um encontro entre ciência e arte, no campus Macaé também funciona o AME, sigla para o Laboratório de Arte, Mídia e Educação, que se propõe a ser um núcleo audiovisual de produção de material didático e artístico para suporte a processos de ensino-aprendizagem em ciências biológicas e química. Também coordenado por Christine, que atua com os professores Leonardo Gomes, Leonardo Moreira, Rafael Costa e Teo Bueno, o AME produz documentários sobre a realidade socioambiental de Macaé. "Nosso laboratório busca ser um espaço onde os alunos de graduação e de pós-graduação do campus Macaé da UFRJ possam desenvolver habilidades de utilização de tecnologias educacionais", comenta Christine.
Divulgação / UFRJ |
Pesquisadores da UFRJ apresentam experîmentos que podem tornar aulas de biologia, física e química mais interessantes |
Em fase de pleno desenvolvimento, o laboratório ainda organiza palestras, como a 1 Mesa Redonda: Educação e Multimídia, que aconteceu no final de agosto, com a participação de Aline Paiva, professora de Manipulação Criativa de Mídias Digitais, do Núcleo Avançado em Educação – fruto da parceria entre a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e o Oi Futuro – e Emanuel de Jesus, coordenador do projeto de Mídias Móveis Estética Central.
Como a ideia é promover a difusão científica, a UFRJ-Macaé realiza ainda, até esta sexta, 7 de outubro, a 3 Semana de Integração Acadêmica da UFRJ-Macaé. O evento, que se repete anualmente, tem como uma das organizadoras a professora Christine Ruta. Ela destaca que em 2011 haverá quatros encontros paralelos. "Foram programados o Fórum Científico da Bacia de Campos (FBBC), a Jornada de Pesquisa e Extensão de Macaé (JPE), o Encontro de Integração Científica (EIC) e ainda a 1 Feira de Ciências. Nosso principal objetivo é promover a integração entre graduandos, pós-graduandos, docentes e pesquisadores, pela apresentação e discussão de mais de 160 trabalhos de cunho científico e de extensão, desenvolvidos na universidade", explica Christine. Ela acrescenta ainda que haverá a participação de outras instituições de ensino superior, tanto de Macaé quanto de municípios próximos. "Será uma verdadeira consagração da ciência", resume.
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