Agências propõem mudanças no fomento à pesquisa no país

Um relatório elaborado por agências federais de incentivo à pesquisa (Capes e CNPq), estaduais (Fundações de Amparo à Pesquisa - FAPs) e Sociedades Científicas (principalmente aquelas filiadas à Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência – SBPC) propõe uma série de mudanças na política de incentivo à pesquisa no país. Concluído no dia 10 de dezembro, o documento propõe, entre outros itens, o aumento de 30% no total de bolsas para pós-graduandos no país, permitindo a complementação destas pelas FAPs e por empresas, no caso da dedicação exclusiva do pesquisador à pesquisa.

O diretor científico da FAPERJ, Jérson Lima, foi um dos relatores da proposta de reclassificação das áreas de conhecimento. Segundo esta proposta, a ser concluída entre janeiro e julho de 2004, é necessária a criação de uma nova tabela de classificação, hierarquizada em setores de aplicação do projeto de pesquisa, tipo de atividade e áreas de conhecimento. “A classificação atual, editada pelo CNPq em 1984, está defasada e desatualizada, o que acaba por prejudicar, em algumas áreas, o surgimento de novas sub-áreas”, afirma Lima.

O documento propõe, ainda, uma série de medidas que possibilitem potencializar o aproveitamento dos recursos destinados à pesquisa em ciência e tecnologia no país. São elas:

 – Unificação do banco de dados do CNPq e da Fundação Capes visando facilitar o relacionamento entre estas agências e as FAPs. O documento estima que até dezembro de 2004 estejam integradas todas as informações sobre pós-graduandos, bolsas, eventos, banco de dados para a comunidade, entre outras.

– O desenvolvimento de ações nacionais integrando a atividade das agências de incentivo à pesquisa, com o objetivo de beneficiar as regiões mais carentes do país.

- Investimentos na formação de mão-de-obra qualificada através da criação de um programa de doutorado no exterior voltado para áreas estratégicas e um melhor aproveitamento dos acordos de cooperação do Brasil com outros países.

- Elaboração do Plano Nacional de Pós-graduação.

Para conhecer a íntegra do relatório clique aqui.