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Publicado em: 22/09/2011
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Investimentos ampliam produção científica na Uenf

Elena Mandarim

 Divulgação / Uenf

    
       No laboratório ampliado e mais bem equipado,
     pesquisadores testam beneficiamento de mamão

Com a aquisição de equipamentos de última geração e a ampliação de suas instalações, os laboratórios de Ciências Físicas (LCFis) e de Ciências Químicas (LCQui), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), têm aumentado também suas linhas de pesquisa na pós-graduação em Ciências Naturais (PGCN). Para exemplificar, o professor Helion Vargas, chefe do LCFis, destaca alguns projetos: "Em um deles, por exemplo, estamos fazendo estudos sobre os processos fisiológicos de amadurecimento de frutos, como o mamão. Já conseguimos elaborar um mecanismo químico e físico que aumenta o tempo de armazenamento. E, em outro, estamos desenvolvendo métodos para monitorar poluentes no meio ambiente e, num terceiro, para avaliar a qualidade do petróleo da Bacia de Campos, projeto que pretendemos fazer com a Petrobras."

Desde 2006, um dos grupos de pesquisa do PGCN já obteve pelo menos quatro fomentos da FAPERJ, num total de cerca R$ 2,5 milhões. Recursos empregados, entre outras finalidades, na aquisição de um espectrômetro de ressonância magnética eletrônica. "Em função de seu caráter multiusuário, o aparelho vem sendo utilizado por outros grupos não só da Uenf, mas de outras universidades do Rio de Janeiro", diz Vargas. Ele conta ainda que tem sido possível intensificar e diversificar as linhas de pesquisa de base, permitindo um significativo crescimento da produção científica. "Em função do aumento do número de artigos publicados em revistas conceituadas, nosso grupo passou a ter reconhecimento internacional na comunidade científica. O volume de dissertações de mestrado e de doutorado também cresceu, o que representa a formação de recursos humanos de alto nível na área de física e química", acrescenta.

Enfoques do PGCN

Helion Vargas, que também é Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, explica que seus principais projetos enfocam o meio ambiente, a qualidade de combustíveis; o controle do amadurecimento de frutas tropicais; e a produção de cerâmica vermelha de alta qualidade. "Todos os estudos são multidisciplinares e contam com a parceria de outros grupos de pesquisas e, às vezes, de empresas", ressalta.

Segundo o pesquisador, na área ambiental, não só se faz o monitoramento da emissão de poluentes, como há a preocupação em criar propostas para controle e remediação. "Dessa maneira, além de projetos que visam detectar gases poluentes na atmosfera, estamos também empenhados na busca de mecanismos de aproveitamento do biogás gerado na combustão da glicerina (num tipo de geração de energia elétrica). Outro exemplo é o controle da poluição ambiental por meio da utilização de zeólitas modificadas, que são minerais porosos que, quando aquecidos, absorvem poluentes, que se cristalizam em seu interior durante o resfriamento", explica Vargas.

Para verificar a qualidade de combustíveis, Vargas explica que há diversas pesquisas em andamento para determinar as propriedades térmicas de combustíveis em fase líquida, sólida ou gasosa. "Essas análises são importantes para determinar a qualidade do combustível em diferentes parâmetros, como composição, número de octanagem, pressão de vapor, etc. E os resultados estão permitindo, por exemplo, o desenvolvimento de um sensor que verifica as características de ondas térmicas. Com esses estudos, fechamos uma parceria com a Petrobras para avaliar a qualidade do petróleo na Bacia de Campos", comemora.

No campo da fruticultura, o pesquisador revela que está sendo utilizada a técnica da espectrometria fotoacústica para analisar, em tempo real, a taxa de emissão de etileno e dióxido de carbono, dois gases diretamente envolvidos no amadurecimento de frutas tropicais. "Com a compreensão do processo, estamos atingindo um modelo ideal de controle desses gases. Isso permite, por exemplo, que possamos injetar uma composição ideal desses gases na embalagem de frutas altamente perecíveis, como o mamão golden, prolongando o amadurecimento durante o transporte, favorecendo as exportações dessa e de outras frutas", explica.

Vargas ressalta, ainda, que a produção da cerâmica vermelha é uma das atividades econômicas que vem se destacando na região norte fluminense, em que a cidade de Campos dos Goytacazes se destaca como maior polo do estado no setor. "O baixo custo de produção e o crescimento da demanda para a construção civil explicam a importância dessa atividade. Contudo, em geral, a qualidade dos produtos das mais de 100 cerâmicas do município ainda é baixa", pondera o pesquisador.

Isso tem levado ao desenvolvimento de projetos que visam uma boa caracterização da matéria-prima. "Isso é importante para melhorar a qualidade do produto final, como tijolos, telhas e lajotas", explica Vargas. E acrescenta: "Por outro lado, estamos realizando estudos para quantificar a emissão de poluentes durante o processo de fabricação. Queremos contribuir para que esse setor econômico tenha o menor impacto ambiental."

Segundo o pesquisador, os investimentos públicos são extremamente importantes para que o Brasil se estabeleça no cenário mundial como produtor de conhecimento científico e tecnológico. "Em consequência do aumento dos financiamentos de órgãos públicos, como a FAPERJ, a comunidade científica brasileira está galgando melhores posições no ranking mundial de produção científica", conclui Vargas. 

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