Carta publicada em O GLOBO de segunda-feira, dia 22 de dezembro de 2003
Com referência ao artigo “Mentira, dissimulação e obscurantismo”, de
Renato Lessa, publicado no dia 19 passado, gostaria de lembrar que na
gestão de Lessa como presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio
de Janeiro (Faperj) - durante o governo Benedita, de abril a dezembro de
2002 – houve uma drástica e inexplicável redução dos repasses à
Fundação. Neste período, o montante de verbas destinadas pelo estado à
entidade caiu de R$ 7,9 milhões/mês para R$ 3,8 milhões/mês. Em seu
artigo, Lessa classificou como “grave retrocesso” a aprovação da emenda
constitucional recentemente aprovada pela Assembléia Legislativa, que
reduziu o percentual de repasses à Faperj. Lessa apenas ecoa a opinião
de muitos dos integrantes da comunidade científica – a mesma comunidade
que se calou diante do drástico corte de recursos ocorrido ao longo da
gestão do pesquisador como presidente da Faperj. O silêncio de então e
os protestos de agora revelam claramente uma atitude baseada em dois
pesos e duas medidas.
Marcos Cavalcanti
Diretor-Presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ
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