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Publicado em: 24/11/2003
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Viagem ao Rio setecentista

 

Poucos são os estudos urbanísticos sobre as cidades brasileiras no período colonial, assim como são raros os trabalhos que oferecem uma visão histórica a respeito da formação arquitetônica dessas cidades. O professor Nireu Cavalcanti contribui para reverter esse quadro com o lançamento de O Rio de Janeiro setecentista – A vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da corte (Jorge Zahar Editor), livro em que une os instrumentos do historiador aos procedimentos do arquiteto. 

 

No livro, o autor reconstrói o espaço urbano do Rio de Janeiro setecentista, enriquecido por seus aspectos sociais e culturais. Apresenta-nos assim as grandes transformações vividas pela cidade ao longo do século anterior à chegada da corte portuguesa ao Brasil. A obra será lançada nesta terça-feira, 25 de novembro, às 16h, na Livraria Travessa, no Centro do Rio.

 

Arquiteto, doutor em história pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nireu leciona na Universidade Federal Fluminense (UFF) onde também é diretor da Escola de Arquitetura e Urbanismo.  Atualmente, o autor dedica-se à pesquisa Formação das Famílias no Rio de Janeiro Colonial, apoiada pela FAPERJ. No estudo, que tem como base os documentos de banhos (proclamas de casamentos) arquivados na Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro, o pesquisador mostra a origem das famílias formadas a partir da união religiosa e revela um valioso retrato da sociedade carioca nos tempos do Brasil Colônia.

 

Em O Rio de Janeiro setecentista, o diálogo entre história e arquitetura bifurca-se em caminhos que o leitor acompanhará com interesse. O primeiro segue os condicionantes responsáveis pela fisionomia própria da cidade até a primeira década do século XIX, ao longo do que o autor denominou como as “Cinco Muralhas” que demarcariam os limites físicos, políticos e ideológicos da ocupação urbana. O segundo caminho humaniza esse espaço, com um levantamento dos tipos urbanos que o habitam, assim como sua feição social, cultural e profissional. Também são reconstruídas as trajetórias de algumas profissões e de formas coletivas de agremiação responsáveis pela dinâmica do universo na Colônia.

 

Produção imobiliária

 

Na terceira parte do livro, de 460 páginas, o autor estuda a produção imobiliária, a distribuição das edificações pelas freguesias urbanas, a repartição e concentração de bens imobiliários e individuais, a formação dos “profissionais da construção” e suas principais obras arquitetônicas. Por fim é traçado o cenário da cidade e o leitor faz um passeio pela Rua Direita (atual Primeiro de Março), tal como se apresentava nos primeiros anos do século XIX. Encontra-se a rua totalmente mapeada, habitada pelos tipos urbanos da época, animada por disputas e pregões, viva em suas formas históricas e arquitetônicas originais.

 

O historiador também é autor de diversos livros e artigos, como “A livraria do Teixeira e a circulação de livros na cidade do Rio de Janeiro” (Acervo, revista do Arquivo Nacional, l995), Construindo a violência urbana (1986) e Rio de Janeiro, centro histórico: marcos da colônia (1998). Foi cronista do Jornal do Brasil entre 1999 e 2000.

 

Ilustrado por farto material iconográfico pranchas, mapas, desenhos, perspectivas e plantas o livro já pode ser encontrado nas livrarias. O endereço da Livraria da Travessa, onde será realizada a noite de autógrafos, é Avenida Rio Branco 44, Centro do Rio.

 

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