Vinicius Zepeda
Divulgação/Gomes & Brito |
Produção de espécies nativas em viveiro é um dos muitos projetos desenvolvidos pelas empresas da Ineagro |
O projeto, desenvolvido pela coordenadora de projetos da Ineagro, Stella Regina Reis da Costa, professora da Rural – como é popularmente conhecida a UFRRJ –, já está em fase de conclusão e os resultados têm sido animadores. A principal consequência da reforma do espaço – a ampliação de infraestrutura local, com reforma e padronização das salas, ambientes harmonizados para adequar-se a um ambiente de criação e inovação – foi a ampliação em 50% do número de empresas incubadas, que passaram de oito para doze empresas. "Antes a Ineagro funcionava em salas improvisadas no Instituto de Tecnologia da Rural, a conexão de internet era de má qualidade e o espaço não estava adequado para o desenvolvimento de um ambiente de inovação", recorda Stella. "Hoje temos uma conexão de internet de alta velocidade, as salas estão padronizadas, reformadas e adequadas à criação e inovação", acrescenta.
"Antes do apoio da FAPERJ tínhamos sete estações de trabalho, que abrigavam por vezes até oito empresas no espaço compartilhado. Agora, abrigamos dez estações, que compartilham as doze empresas atuais", explica Stella. Também foi montado um planejamento estratégico com ações de marketing para ampliar a comunicação da Ineagro com a sociedade e com a universidade, que já está em fase final de conclusão. "Capacitamos nossos alunos para o empreendedorismo. Ano passado fomos contemplados com um projeto do Serviço Brasileiro de Apoio à Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) para capacitação das empresas residentes, que já está em andamento. Também estamos em fase de captação de recursos para a elaboração do plano diretor para instalar um parque tecnológico numa área de setecentos mil metros quadrados, já reservada pela UFRRJ, onde também ficará a incubadora", recorda. Stella ainda destaca o impacto social das empresas residentes, que atualmente oferecem cerca de 35 vagas para estagiários de nível técnico e superior e para administradores e engenheiros. "Além disso, alguns projetos desenvolvidos pela empresa incubada Poranga estão ajudando na capacitação de 10 a 15 trabalhadores sem-terra lotados em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) da região para desenvolverem em suas comunidades, projetos em agricultura familiar e processamento de frutas, legumes e verduras orgânicas", complementa.
Divulgação/Agribio Defensivos Alternativos |
À esquerda: alfaces cultivadas sem uso de defensivos agrícolas alternativos. À direita: com uso de defensivos alternativos |
A BMT Referencial (Geoprocessamento e referenciamento de imóveis rurais, mapas geográficos digitais para mapeamento da economia rural) também foi contemplada pelo Programa Prime da Finep com o projeto "Sistema de Informações Geográficas (SIG) associado à tecnologia da informação, aplicado ao ambiente organizacional". Com outro projeto de SIG, desta vez, para região metropolitana do Rio de Janeiro, a empresa recebeu recursos do edital de Apoio ao Desenvolvimento à Tecnologia da Informação, da Fundação. Com os projetos "Mapeamento digital e monitoramento das áreas de mangue do litoral fluminense, através de tecnologias digitais de geoprocessamento" e "Diversidade biológica na Ilha Grande: uma análise sintética dos processos e base para pesquisas de longa duração", também foi contemplada com apoio dos programas Prioridade Rio e Pensa Rio, também da FAPERJ.
Com apoio do Programa Prime, a Casa Barbinotto (cachaças artesanais de alambique) recebeu auxílio para aperfeiçoamento de sua produção artesanal. A Poranga (sementes e mudas certificadas) também recebeu apoio do Programa Prime para produzir sementes e mudas de espécies nativas da Mata Atlântica em Seropédica. Com o edital Auxílio ao Desenvolvimento Tecnológico (ADT1), da FAPERJ, recebeu recursos para desenvolver o projeto "Inventário florístico e fitossociológico da reserva de preservação de produtos naturais dos Sítios Poranga, Angaba e Porangaba, em Itaguaí". Já a Gomes e Brito (licenciamento ambiental, produção de mudas, silvicultura, medições) foi outra que ganhou apoio do Programa Prime para seu projeto de utilização de matéria orgânica do lixo para a produção de mudas de espécies florestais.
A coordenadora do projeto de ampliação da Ineagro explica que, segundo levantamento feito pela empresa de consultoria Instituto Inovação, 40% dos grupos de pesquisa em biotecnologia do País procuram soluções para o agronegócio. "Neste setor, o Brasil compete de forma igualitária com as maiores potências econômicas mundiais. Com investimentos, poderemos ser referência em inovação tecnológica na área agropecuária para os países tropicais", afirma Stella. Para concluir, ela acrescenta outro resultado promissor do projeto. "Estamos firmando um convênio para transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Alimentos) para uma empresa a ser incubada pela Ineagro, com assessoria da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Com isso, esperamos disponibilizar a tecnologia desenvolvida nos laboratórios como inovação acessível à sociedade", conclui.
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