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Publicado em: 20/05/2010
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Evento promovido pela Uenf promove o desenvolvimento da economia social

Danielle Kiffer

 fiqueinformadorochas.blogspot.com

      
    O tijolo ecológico, apresentado no evento, tem, em 50%
       de sua composição, resíduos de rochas ornamentais
Estímulo à economia social agregado a uma atitude ecologicamente correta. Foi esse o objetivo do II Encontro de Economia Solidária, da I Aldeia de Experiências Solidárias e Tecnologias Sociais e da Feira Solidária, realizados de terça-feira, 18 de maio, até esta quinta-feira, 20 de maio, no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Na feira, o comércio foi baseado, unicamente, em uma moeda social adquirida pelos visitantes por meio de doações de materiais recicláveis.

O nome escolhido para a moeda social circulante na Feira Solidária foi motirõ, que na língua tupi significa algo construído em conjunto, de forma comunitária. Foi a palavra que deu origem ao termo mutirão. Para adquirir um motirõ, equivalente a R$ 1, o visitante precisou levar, pelo menos, um litro de óleo de cozinha usado. Garrafas pet (15 unidades), latinhas de alumínio (30 unidades) e embalagens tetrapak (15 unidades) também serviram para troca. Com a moeda, poderiam ser adquiridas peças de artesanato, produtos orgânicos, lanches naturais, bordados, peças de confecção, geleias e conservas caseiras.

No evento, também foram expostas grandes inovações na área da tecnologia social. Um exemplo é o projeto do professor Gustavo de Castro Xavier, do Laboratório de Engenharia Civil/Uenf. Ele desenvolveu o tijolo ecológico, que tem metade da sua composição constituída por resíduos de rochas ornamentais. Para a produção do tijolo em larga escala, o pesquisador firmou parceria com a empresa Forma Engenharia, de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. “O tijolo ecológico representa um grande diferencial para a qualidade de vida das pessoas e para o meio ambiente”, reafirma o pesquisador, que também coordena o projeto que deu origem ao encontro.

Em palestras, debates e mesas-redondas, foram discutidas economia e tecnologia sociais, num evento que também promoveu atividades artísticas e culturais. Na programação, palestras sobre o Papel das Incubadoras Universitárias, o Movimento da Economia Solidária no Brasil e as Perspectivas das Tecnologias Sociais, com Heitor Mathias, da Instituto Alberto Luis Coimbra de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ) e sobre a Importância do crédito e microcrédito nos Bancos do Povo, abordando especificamente a experiência concreta do Banco de Palmas, por João Joaquim de Mello Neto, coordenador do Instituto Palmas, no município de Piranhas, em Alagoas.

Segundo a coordenadora do encontro, Nilza Franco Portela, a ideia do uso da moeda social é levar ao público conhecimentos de novas tecnologias e novas vivências ligadas à economia solidária. Ou seja, uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza centrada na qualidade de vida e não no capital em si. “Acho importante dizer que tanto a tecnologia social quanto a economia solidária objetivam a redução das desigualdades sociais e uma repartição mais igualitária do poder político e econômico. Para alcançar estas metas, o governo federal criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e do Emprego”, explica.

Nilza ainda afirma que, ao longo dos últimos anos, vem sendo discutido no Brasil um conjunto de diretrizes e prioridades para a formulação de uma política pública de economia solidária. “Nesse parâmetro, destacam-se a ampliação da economia solidária nos programas existentes de elevação de escolaridade e de qualificação social e a inserção das práticas e valores de economia solidária nos currículos e projetos pedagógicos, entre outros”, finaliza.

O II Encontro de Economia Solidária, realizado através da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (Itep/Proex), tem apoio da FAPERJ por meio do APQ2 – Apoio à Organização de Eventos, além do patrocínio do Banco do Brasil e apoio da prefeitura municipal de Campos e da Rede de Incubadoras Universitárias, Febracom, Ecoanzol, Rio Rural e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares ITP/COOP/UFRJ.

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