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Publicado em: 19/11/2003
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Iniciação científica: Uenf é a melhor do Brasil

 

A Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) conquistou o Prêmio Destaque do Ano em Iniciação Científica em 2003, na categoria Mérito Institucional. Com essa premiação, a Uenf, que completou dez anos de criação em agosto, passa a ser considerada a universidade brasileira que melhor prepara seus estudantes para seguir a carreira científica. Instituições de todo o país concorreram ao título, oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

 

O Prêmio Destaque do Ano aponta a instituição que conseguiu o maior percentual de

ex-alunos de iniciação científica concluindo mestrado ou doutorado em programas reconhecidos pela Capes, órgão vinculado ao MEC. Numa escala de zero a 100, baseada no esperado de cada instituição de acordo com a média global apurada pelo sistema, a Uenf obteve o escore 100, informa o assessor de Estatística e Informação o CNPq, Ricardo Lourenço.

 

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do CNPq financia o engajamento de estudantes de todo o Brasil com a pesquisa ainda no período da graduação.  O objetivo é precisamente iniciar o estudante no mundo da ciência, estimulando-o a tornar-se um pesquisador. O prêmio conferido pelo CNPq reconhece o êxito de uma estratégia que remonta às origens da Uenf. A FAPERJ também vem apoiando a universidade desde a sua fundação, dia 16 de agosto de 1993.

 

“Este é o resultado do modelo idealizado por Darcy Ribeiro, que prevê uma simbiose entre a formação de recursos humanos e a geração de conhecimentos. O modelo não estabelece fronteiras rígidas entre graduação e pós-graduação”, explica o  explica o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uenf, Fernando Saboya.

 

Segundo a professora Maria Cristina Canella Gazotti, coordenadora do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Uenf, a participação em projetos de pesquisa pode mudar o perfil e os horizontes do aluno. “Quando se dedica à iniciação científica, o estudante se desenvolve muito

mais. Fica mais motivado e mais presente à Universidade, estreitando o contato com professores e pós-graduandos.  Na verdade, o programa cria a sementinha para que o aluno se interesse por fazer pesquisa.”

 

Os ganhos para o aluno são basicamente de duas ordens. Por um lado, a  assimilação da cultura científica estimula e facilita o aprendizado,  contribuindo para melhorar as notas nas disciplinas regulares. Por outro, o estudante se familiariza desde cedo com a redação de trabalhos científicos e com as atividades típicas de um pesquisador, como o manuseio de bancos de dados, buscas bibliográficas, apresentação de seminários e participação em congressos.

 

Vanessa Pereira de Souza, 20 anos, aluna de Licenciatura em Física, desenvolve  o projeto intitulado "A magia da Física", dedicado a tornar mais atraente e dinâmico o ensino da disciplina nas escolas.  Quem a orienta é o professor Marcelo de Oliveira Souza, que teve o primeiro contato com Vanessa quando ela  ainda cursava o ensino médio no Liceu de Humanidades de Campos. Na ocasião, a estudante - que planejava estudar Biologia - participou do projeto "Jovens Talentos", apoiado pela FAPERJ, voltado para estudantes de escolas públicas, e se interessou pela área de Física. “Sinto que o meu trabalho será útil, e isto aumenta a minha motivação”.

 

Natural de Campos, Vanessa engrossa uma estatística que acaba de ser levantada na Uenf: 75% de seus alunos, na soma de todos os cursos de graduação, são originários da própria região Norte/Noroeste Fluminense. Cerca de metade dos alunos da graduação vêm de escolas públicas, o que se verifica desde antes  das leis de reservas de vagas.

 

Atualmente, a Uenf mantém mais de 250 alunos com bolsas de Iniciação Científica. A cota de bolsas do CNPq, que era de 33, subiu para 70 em 2002.  Outras 140 bolsas são mantidas pela própria Uenf.  A estes números se somam dezenas  alunos beneficiados pelas chamadas bolsas de balcão, obtidas  diretamente por pesquisadores junto a organismos de fomento à pesquisa.

 

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uenf, professor Fernando Saboya, espera que o prêmio sensibilize o CNPq a rever a cota da pós-graduação da  Universidade, hoje restrita a 15 bolsas ou 2,5% da demanda. O prêmio também referenda os esforços da Uenf em favor de maior apoio governamental nas questões de infra-estrutura e pessoal, no sentido de o projeto de Darcy

Ribeiro não sofrer retrocessos.

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