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Publicado em: 31/03/2010
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Parceria entre FAPs para lançamento da Rede Tuberculose

Divulgação / Fapeam

 

   Mario Neto, da Fapemig (à esq.), Odenildo Sena, Fapeam, e
   Ruy Garcia Marques, da FAPERJ, em reunião em Manaus
Em reunião ocorrida no dia 26 de março, na sede da FAPERJ, representantes das três Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados do Amazonas, Minas Gerais e Rio de Janeiro – bem como de pesquisadores desses estados que trabalham com linhas de pesquisa relacionadas à tuberculose –, participaram de discussão para o lançamento de um programa temático conjunto em Diagnóstico da Tuberculose. As três FAPs já haviam se reunido, no início do mês de março, em Manaus (AM) também com a participação de representantes da comunidade científica dos três estados, para iniciar a confecção do termo de referência relativo à parceria, a ser implementada ainda no primeiro semestre deste ano.

O programa já conta com recursos financeiros da ordem de R$ 6 milhões, divididos igualmente entre as três FAPs, mas a ideia é que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Saúde (MS), por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Decit) e a Capes também possam participar, elevando o orçamento destinado ao Programa para cerca de R$ 12 milhões.

Iniciando os trabalhos, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, agradeceu a presença de todos, dizendo da felicidade em estar sediando este encontro e fez uma explanação acerca do que já havia sido acordado na primeira reunião, em Manaus. Também relatou que, na véspera, em seu discurso durante o encerramento da feira FAPERJ 30 anos, ocasião em que também estavam presentes o presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, e o diretor-presidente da Fundação de Ampara à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Sena, foi realizado o convite para que o CNPq participasse dessa parceria. Aragão incentiva essa possibilidade e, para tal, está marcada uma reunião em Brasília, no próximo dia 6 de abril, na sede do CNPq, com a presença dos presidentes das três FAPs. Marques e Aragão manifestaram interesse de que também o MS (Decit) e a Capes possam participar desta parceria.

"A ideia é fechar o termo de referência do programa com os recursos previstos inicialmente e dar continuidade aos trabalhos, permitindo a entrada de novos parceiros, mas garantindo o cronograma original", sugeriu Ruy Marques. O programa – cujos termos foram discutidos por Odenildo Sena; Jerson Lima Silva, diretor científico da FAPERJ; Patrícia Sampaio, diretora científica da Fapeam; e por pesquisadores dos três estados – visa ao desenvolvimento de novas tecnologias para diagnóstico da doença; avaliação dessas tecnologias em diferentes cenários clínicos, como os de hospitais e prisões; ensaios clínicos que avaliem a efetividade dessas novas técnicas; e avaliação do impacto desses projetos sobre o sistema de saúde.

Em suas palavras iniciais, Odenildo falou de seu contentamento com os resultados da primeira reunião, realizada em seu estado, e ainda mais com a possibilidade de poder contar com a parceria do CNPq e de outras agências: "Estamos nos espelhando em outras parcerias bem sucedidas que vimos desenvolvendo, em programas para estudo da malária e da dengue, com parceria de FAPs, CNPq e Decit". Segundo Odenildo, a integração dos pesquisadores do Amazonas com pesquisadores do Rio do Janeiro e Minas Gerais é um dos pontos positivos para o avanço dos estudos sobre a tuberculose. "Nós temos que somar esforços com profissionais especializados e bons investimentos de modo que os pesquisadores possam trabalhar em conjunto e chegar a algum resultado", afirmou.

 Caroline Sena
 

        Além de Odenildo e Ruy Marques, pesquisadores de Minas,
        Amazonas e Rio de Janeiro debateram detalhes do programa
   

Os diversos pesquisadores presentes, em conjunto com os presidentes da FAPERJ e Fapeam (o diretor-presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, que esteve presente na primeira reunião, em Manaus, não pôde participar desta reunião, mas se fez representar por um membro da comunidade científica daquele estado), discutiram os termos do programa. Uma das intervenções de Ruy Marques foi no sentido de enfatizar que no termo de referência constasse a "desejável inclusão de pesquisadores vinculados a universidades estaduais", o que foi aceito pelos demais presentes.

Com o termo de referência praticamente concluído, os três diretores-presidentes, agora, irão a Brasília, para tentar viabilizar o aumento da parceria, pela inclusão das agências federais. Ao final do encontro, Marques relatou: "As FAPs têm sido protagonistas na discussão de diversos e importantes programas de pesquisa. Há que se ressaltar que, em todos os momentos, a receptividade das agências federais às nossas demandas tem sido muito positiva, possibilitando a soma de esforços e de recursos financeiros, visando ao desenvolvimento científico e tecnológico de todo o País".


Rio de Janeiro lidera ranking de casos da tuberculose

No dia 24 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Tuberculose. A data foi uma homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, ocorrida em 24 de março de 1882, pelo Dr. Robert Koch. Este foi um grande passo na luta pelo controle e eliminação da doença que, na época, vitimou grande parcela da população mundial e hoje persiste com 1/3 da população mundial infectada: 8 milhões de doentes e 3 milhões de mortes anuais. A tuberculose é uma das muitas doenças consideradas como negligenciadas. Ela foi um dos alvos do edital lançado pela FAPERJ em 2008, "Apoio ao estudo de doenças negligenciadas e reemergentes", com projetos sendo finalizados agora em 2010.

Embora o número de casos de tuberculose esteja declinando no País, e o Brasil tenha caído da 18. para a 19. posição na listagem dos 80 países que concentram 80% dos casos da doença no mundo, o Rio de Janeiro ainda detém uma marca negativa, segundo dados do MS: a de maior incidência de casos de tuberculose no Brasil. Os números do MS apontam que o Rio de Janeiro tem 68,64 casos por mil habitantes, superando até mesmo o estado do Amazonas (67,88), Pernambuco (47,61), Pará (43,72), Ceará (43,2) e Rio Grande do Sul (42,53). As menores taxas de incidência do país foram registradas no Distrito Federal (13,73), Tocantins (13,67) e Goiás (13,91). Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do MS, 85 mil novos casos são notificados a cada ano, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 47 por pessoas infectadas por 100 mil habitantes no país. Destes, 6 mil resultam em óbito (dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 24 de março de 2010).

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