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Publicado em: 30/03/2010
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Vídeos mostram para público leigo como se faz ciência

Vinicius Zepeda

Reprodução

     
   Cena do vídeo "Fármacos e Medicamentos", que alerta
   para os perigos da automedicação e da "empurroterapia"
Um dos grandes perigos da sociedade moderna é a automedicação, prática muitas vezes disseminada por balconistas de farmácia que, sem formação adequada para prescrever medicamentos, mas em busca de vender o produto ao cliente, praticam a chamada "empurroterapia" – que consiste em, na ausência do medicamento pedido, empurrar outro supostamente igual ao desejado pelo cliente. Para conscientizar a população sobre os perigos do uso inadequado de medicamentos e explicar o processo de pesquisas desde a síntese de substâncias até a chegada dos remédios às prateleiras, foi exibido um vídeo educativo na quinta-feira, 25 de março, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM). Fármacos e Medicamentos, o vídeo feito pela equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência & Tecnologia em Inovação em Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar) – centro de referência na área que reúne pesquisadores do Brasil inteiro – foi um dos quatorze filmes de divulgação científica produzidos sobre os mais variados temas, com apoio do programa Auxílio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ, e exibidos nesta quinta-feira, 25 de março, na programação da feira FAPERJ 30 anos.

De acordo com o farmacêutico Eliezer Barreiro, coordenador do INCT-Inofar, entre os inúmeros projetos desenvolvidos por sua equipe de colaboradores está o desenvolvimento de novos princípios ativos como, por exemplo, corticoesteróides e broncodilatadores, utilizados para tratar a asma. "Além disso, realizamos junto com a universidade e em parceria com o Ministério da Saúde, estudos de modelagem computacional, posterior síntese orgânica, teste pré-clínicos e de toxicologia para controle de qualidade de fitoterápicos, medicamentos e fármacos", explica em depoimento dado no filme.

Já o vídeo Ciência & Tecnologia na Região de Nova Friburgo apresentou o papel social e econômico desenvolvido pelo Instituto Politécnico do Rio de Janeiro (IPRJ), primeiro campus regional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Entre os exemplos citados no vídeo estava o curso de Engenharia Mecânica e suas quatro áreas temáticas, com destaque para a de petróleo e gás, com alta demanda qualificada e em expansão em cidades como Macaé e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. "O IPRJ possui uma biblioteca com toda a bibliografia do curso de engenharia, o que dispensa a necessidade de comprar livros para o curso. Além disso, seus laboratórios estão adequados para auxiliar os Arranjos Produtivos Locais (APLs) da área metal/mecânica e têxtil/confecção", explicava o vídeo.

Elaborado pela equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de C&T em Nanodispositivos Semicondutores (Disse), Ver o invisível mostrava, numa linguagem simples e voltada para divulgação em museus, feiras de ciência e escolas do ensino médio, os diversos usos e aplicações dos fotodetectores de infravermelho. "Esses dispositivos são essenciais para o surgimento de tecnologias responsáveis por visão noturna, telecomunicações no espaço livre, detecção de gases tóxicos, imageamento ambiental e inspeção industrial, que poderiam servir, por exemplo, para detectar falhas em linhas de transmissão ou identificar o foco de um incêndio a partir da fumaça, auxiliando na prevenção de possíveis catástrofes", contava a coordenadora do Disse, Patrícia Lustoza.

Presente à exibição, o diretor de dois documentários sobre o ciclo reprodutivo dos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, Genilton Vieira lembrou a importância do apoio da Fundação para realizar seu trabalho e lamentou a pouca utilização deste material no processo educativo. "O fato de trabalhar no Núcleo de Comunicação e Imagem da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também ajudou, já que se trata de um dos poucos espaços do País com equipamentos e investimentos para realizações como essas. Tenho apresentado minhas produções em festivais de cinedocumentários na Europa e meu trabalho tem ganhado prêmios e sido bastante elogiado", afirmava Vieira. "Acho que não só os órgãos governamentais como a iniciativa privada deveriam investir mais nesta área. No caso de empresas privadas, apesar da Rede Globo de Televisão ter entrado no ramo de cinema, eles ainda preferem comprar vídeos científicos da BBC de Londres, por exemplo, do que investir na produção de material nacional", acrescentava.

A sessão de filmes foi acompanhada pela turma de alunos do ensino médio do Colégio da Aplicação da Uerj (CAp/Uerj). Apesar da agitação e balbúrdia natural da juventude, os meninos e meninas se mostravam bastante satisfeitos com o que viram. Além desses vídeos, outros nove foram exibidos durante toda a manhã até por volta de duas da tarde. Entre vários outros temas mostrados, estavam a diversidade e a conservação da flora fluminense, o funcionamento da mitocôndria, ciências da reabilitação, saúde e meio ambiente na região amazônica.

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