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Publicado em: 03/03/2010
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Série de vídeos retrata vida e obra de Vital Brazil

Danielle Kiffer

Fotos: Divulgação/IVB 

     
   Aníbal Melgarejo (à esq.) e equipe do IVB com uma sucuri nas mãos
Uma série de vídeos sobre a vida, a trajetória e os trabalhos realizados pelo médico e cientista Vital Brazil (1865/1950) – que, entre outros feitos, descobriu a especificidade do soro antiofídico – além de suas aplicações e relevância na atualidade, serão distribuídos para as escolas públicas do Rio de Janeiro. O trabalho foi desenvolvido pelo biólogo Aníbal Melgarejo, do Instituto Vital Brazil (IVB) e equipe. Destinados a estudantes com idade entre sete e 17 anos, os vídeos estarão acompanhados de um manual para os professores, com a finalidade de, ao final das apresentações, promoverem debates com os alunos e ampliarem e reforçarem as informações adquiridas. O lançamento está previsto para maio e acontece no ano em que se celebra 145 anos de nascimento do cientista brasileiro. O projeto conta com o apoio do IVB, da Casa de Vital Brazil, da secretaria de Estado de Saúde e de Defesa Civil e da Faperj por meio do programa de apoio à Difusão e Popularização de Ciência e Tecnologia no Rio de Janeiro.
 
No total são 12 vídeos divididos em três blocos temáticos: histórico, científico e jornalístico. O primeiro bloco, o histórico, é composto por um vídeo de 40 minutos que apresenta uma síntese biográfica do cientista. “Este bloco é a nossa contribuição para tentar trazer o destaque que Vital Brazil merece. É aí que jogamos uma semente para que as gerações mais jovens percebam a beleza e a atualidade da obra deste grande cientista”, enfatiza Aníbal.

Para a realização deste primeiro bloco, a equipe esteve em Campanha, Minas Gerais, onde o cientista nasceu e em Botucatu, São Paulo, onde, recém-formado, ele deu início à sua trajetória profissional. “Em 1891, o Brasil estava no auge da produção de café e muitas pessoas eram picadas por cobras. Não havia na ocasião nenhum remédio. Então, Vital Brazil, já em Botucatu, passou a oferecer dinheiro pelas cobras capturadas pela população e começou a extrair seu veneno e a estudá-las. Mais tarde, migrou para o Instituto Bacteriológico, dirigido por Adolfo Lutz. Ali ele desenvolveu soros experimentais e estabeleceu a base de sua descoberta. Em 1899, para combater uma epidemia de peste, o governo do estado adquiriu uma fazenda onde o cientista montou e desenvolveu o trabalho que hoje conhecemos e onde se originou o Instituto Butantan”, detalha o biólogo.

    

 Filmagem da série científica do documentário, na qual
         explica-se como é feito o soro antiofídico

O bloco científico é composto por cinco vídeos que abordam o envenenamento por animais peçonhentos, a principal área de estudos e trabalhos desenvolvidos por Vital Brazil. Este material apresenta diversas características das espécies de serpentes, aranhas e escorpiões, assim como o entendimento acerca do soro e de como é a sua produção.

O terceiro e último bloco do projeto, o jornalístico, tem seis vídeos que mostram um panorama do estado do Rio de Janeiro, com depoimentos de colaboradores do IVB, informações sobre procedimentos de primeiros socorros no caso de picaduras de cobras, aranhas ou escorpiões e dados atualizados sobre os serviços públicos de saúde disponíveis para a população. “Fomos a diversas cidades do Rio, como Paraty, Cabo Frio e regiões do Norte Fluminense atrás de depoimentos de médicos, pessoas picadas, fazendeiros, para que nos relatassem as suas experiências com os animais peçonhentos. Conseguimos depoimentos que enriqueceram ainda mais o nosso trabalho”, afirma Aníbal.

Uma das curiosidades presentes nesta parte da pesquisa é o escorpião amarelo, abundante em Minas Gerais, São Paulo e interior do Rio de Janeiro. De acordo com Aníbal, este animal se multiplica facilmente, já que a fêmea desta espécie não precisa de um macho para reproduzir. “Este escorpião tem um veneno que é letal principalmente para crianças e idosos, mas pode apresentar quadros graves também em adultos. O principal sintoma é a dor imediata, acompanhada geralmente por febre ou hipotermia e sudorese. Pode causar também nauseas e vômitos, arritmias cardíacas, hiper ou hipotensão arterial, insuficiência cardíaca e problemas respiratórios como edema pulmonar, agitação, confusão mental e tremores. Este é o veneno mais perigoso de todos os escorpiões do Brasil” conta.

“Este é, sem dúvida, o trabalho mais bonito que já realizei em minha vida”, emociona-se o biólogo, diante do projeto pronto, que resultou em mais de 60 horas de gravação com 71 depoimentos colhidos, 20 cidades percorridas em seis meses de dedicação. Assim que lançados, os vídeos serão divulgados pela internet, tanto no site do IVB como no popular YouTube. Com o projeto também foi criado dentro do IVB o Núcleo de Divulgação Científica (NDC), para o desenvolvimento de novas pesquisas e criação de material educativo e jornalístico.

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