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Publicado em: 04/11/2003
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O Centro do Rio em aquarelas

 

 

O Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da FAPERJ, lançou o projeto Rio de Janeiro em Mapas. A iniciativa, coordenada pela FAPERJ, destaca os principais logradouros e construções de interesse arquitetônico e histórico da capital e de cidades do interior do estado.

 

A primeira fase do projeto é dedicada ao Centro Rio de Janeiro. Um mapa, pintado pelo artista plástico Jorge de Salles, e um catálogo com informações sobre instituições, construções e monumentos localizados na região foram lançados em uma exposição de aquarelas aberta dia 3 de novembro, no Espaço Cultural Cedim. A mostra segue até o próximo dia 12.

 

A escolha do Centro para dar início ao projeto Rio de Janeiro em Mapas deve-se ao fato de as suas ruas terem servido de cenário para episódios de destaque na história nacional, desde o Brasil Colônia, até os dias de hoje, passando pelo período em que o Rio foi a capital do país, entre 1763 a 1960. Com a intensificação da atividade de mineração de ouro e pedras preciosas durante o século XVIII, a cidade, que abrigava o principal porto do território, passou a ser, no século XVIII, capital da colônia e sua arquitetura urbana ganhou importância. São dessa época várias das construções retratadas no mapa. 

 

“Bota Abaixo!” completa cem anos

 

O Centro da cidade do Rio de Janeiro ganhou ainda mais importância  em 1808, com a chegada da família real ao Brasil, quando a cidade passou a ser a sede do governo de Portugal. É verdade que muita coisa mudou ao longo dos anos nas ruas do Centro do Rio de Janeiro. Há exatos cem anos, em 1903, o prefeito do então Distrito Federal, Pereira Passos, iniciou o chamado “Bota Abaixo!”, que remodelou boa parte da região, ampliando ruas e avenidas e derrubando antigas construções. Em 1921, teve início a demolição do Morro do Castelo, cuja área original é delimitada, hoje, pela Ladeira da Misericórdia e pelas ruas México, Santa Luzia e São José.

 

“A proposta do projeto Rio de Janeiro em Mapas é destacar outros bairros e cidades fluminenses de interesse histórico, produzindo mapas desses locais e catálogos com informações como a localização de logradouros e de instituições culturais, seus acervos e horários de visitação”, explica Maria Carolina Pinto Ribeiro, diretora de Administração e Finanças da FAPERJ. O próximo mapa deverá ser dedicado à área que abrange São Cristóvão, Mangueira e Santo Cristo.

 

Coube ao artista plástico Jorge de Salles recriar, no mapa, os principais logradouros e atrações históricas do Centro. Com um traço original e com sua experiência de desenhista de humor, Jorge de Salles fez uma saborosa releitura das ruas do Rio e de seus monumentos. “Através de uma leitura leve e bem-humorada, conseguimos fazer do mapa um trabalho consistente, que vai auxiliar estudantes e os interessados no Rio de Janeiro, de forma inteligente e vibrante”, afirmou Jorge de Salles. “O material produzido pela FAPERJ tem a função de um pai ou de um educador”, concluiu.

 

Para dar vida ao mapa do Centro, Jorge de Salles teve como ponto de partida o trabalho de outro estudioso da cidade, o arquiteto Kleris Albernaz, cuja missão foi fornecer a base arquitetônica para o artista, a fim de que ele mantivesse a fidelidade dos pontos retratados no mapa. “Minha preocupação foi reunir o maior número de construções no mapa sem descaracterizá-las”, explica  Kleris Albernaz. “Fazer este trabalho foi gratificante. Pensava que conhecia bem a cidade, mas agora estou conhecendo ainda mais. Ela é muito bonita”, afirmou.

 

Sem a forma fria e a rigidez métrica dos mapas tradicionais, o mapa dedicado ao Centro destaca, entre outras, construções como as igrejas de São Francisco de Paula e de Nossa Senhora da Candelária, que têm em seu interior o talhe de Valentim da Fonseca e Silva, o Mestre Valentim. Obras do século XVIII, como o Aqueduto da Carioca – os Arcos da Lapa –, concluído em 1750 e utilizado, a partir do fim do século XIX, como viaduto para passagem dos bondes, também estão representadas. 

 

Critérios históricos e arquitetônicos

 

 

O mapa valoriza as áreas verdes e destaca construções como o prédio do Museu Histórico Nacional, cujo conjunto era composto pela Fortaleza de Santiago, de 1603; a Prisão do Calabouço, de 1693; e a Casa do Trem, denominação referente aos antigos arsenais de guerra, de 1762. O mapa destaca, ainda, construções mais recentes, com o Theatro Municipal, de 1909, e o Palácio Gustavo Capanema, de 1945, que foi sede do então Ministério da Educação e Cultura e que abriga painéis de Candido Portinari.

 

 

Dados históricos e arquitetônicos foram os principais critérios que nortearam a seleção dos itens retratados. Entretanto, vale destacar que por uma questão de espaço, nem todas as atrações do Centro estão registradas no mapa, em virtude da grande concentração de construções em alguns trechos da região.

 

O catálogo sobre o Centro do Rio traz informações sobre a história de prédios e instituições localizados na região, estejam eles ou não retratados no mapa. O livro traz, ainda, um serviço sobre as entidades de pesquisa, igrejas, museus, centros culturais, consulados e bibliotecas existentes na região. São fornecidos o horário de funcionamento, endereços, telefones e outros dados que auxiliarão aqueles que desejam visitar os locais.

 

Agência de fomento à pesquisa vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a FAPERJ, ao contribuir para a realização dessa exposição e do projeto Rio de Janeiro em Mapas, demonstra que a preservação e a divulgação da memória cultural e arquitetônica também é uma forma de estimular a ciência no estado.

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