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Publicado em: 28/10/2003
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Estado do Rio será segundo maior produtor mundial de BCG

Em um ano e meio, o Brasil poderá ser o segundo maior produtor mundial de BCG, a vacina contra tuberculose, ficando atrás apenas da Dinamarca. Depois de três anos, as obras da fábrica de vacina BCG da Fundação Ataulfo de Paiva, em Xerém, na Baixada Fluminense, serão retomadas. Convênio assinado em 27 de outubro pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério de Ciência e Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Fiocruz e o Ministério de Saúde prevê a destinação de R$ 5,4 milhões para a fábrica, que vai gerar 500 empregos diretos qualificados.

 

A cada segundo, uma pessoa é infectada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, causador da tuberculose (TB). Cerca de um terço da população mundial está infectada e anualmente cerca de dois milhões de pessoas morrem da doença, sendo a maior causa de óbitos entre pacientes com Aids. Apesar de ser curável, é a moléstia infecciosa que mais mata no mundo, ocorrendo principalmente em países pobres e provocando grave impacto econômico.

 

O Brasil ocupa o 13 lugar no ranking dos 22 países que concentram 80% dos casos de TB do mundo. Estima-se a incidência de 129 mil casos por ano no país, dos quais cerca de 90 mil são notificados, a maioria em grandes centros urbanos. Só no estado do RJ são 18 mil casos ao ano.

 

Hoje, a Fundação Ataulfo de Paiva atende 90% da demanda nacional da vacina BCG - cerca de 15 milhões de doses por ano - com uma pequena unidade que funciona em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. A nova fábrica viabilizará a produção de 40 milhões de vacinas por ano - quase um terço da necessidade mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a carência anual da vacina é da ordem de 200 milhões de doses. A produção mundial de BCG é de 380 milhões de doses por ano, suficiente para vacinar apenas 95 milhões de pessoas. A produção excedente da nova fábrica poderá ser exportada para países da África, Ásia e da América Latina.

 

O laboratório de Xerém tem aproximadamente 1,5 mil m de área total e começou a ser construído em 1990. Foram investidos até agora cerca de R$ 30 milhões e, segundo o MCT, faltam cerca de R$ 9 milhões para se concluir a obra e adquirir equipamentos. A unidade também poderá produzir e distribuir os 34 remédios da cesta básica de medicamentos (analgésicos, antiinflamatórios, antiácidos) do Sistema Único de Saúde e ainda implementar a pesquisa e a produção de fitoterápicos em parceria com o Instituto Vital Brazil.

 

A vacina BCG é feita com um bacilo atenuado vivo. Para crescer, ele precisa, em todas as etapas da produção, consumir nutrientes especiais, além de ter que ficar protegido da luz do sol e do calor. Muitos laboratórios do mundo reduziram sua produção ou foram fechados devido às exigências de fabricação.


(Com assessoria da SECTI e Agência FAPESP)

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