Carlos Magno / Palácio Guanabara |
Em nome dos contemplados, Antônio Cláudio da Nóbrega elogiou a transparência da FAPERJ na distribuição de recursos |
Segundo o governador, que brincou sobre a exigência de 10 anos de doutorado para os Jovens Cientistas – "assim, eles deixam de ser jovens" – o bom momento que vive o Rio de Janeiro é mérito da equipe que atua na secretaria estadual de C&T. "Além da grande tradição científica e acadêmica do estado, temos a atuação da senhora equipe montada pelo secretário Alexandre Cardoso, em captar recursos e firmar convênios", elogiou. Por tudo isso, Cabral não tem dúvida de bons resultados para o estado do Rio de Janeiro dentro dos próximos anos. Alguns já começaram a aparecer, como os diversos produtos expostos na mostra Rio Inovador, que recentemente teve lugar no jardim de inverno do próprio palácio. Os diversos produtos – do pequeno avião não tripulado para vôos de reconhecimento a kits capazes diagnosticar tumores e focos de infecção – eram resultado do apoio financeiro dos programas de Inovação, da FAPERJ. "Como os investimentos no setor siderúrgico, que transformam o Rio de Janeiro na liderança do setor no país, na indústria naval ou no setor de óleo e gás", exemplificou o governador.
À cerimônia, que foi bastante concorrida, estiveram presentes, além do governador, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia Alexandre Cardoso, o presidente da Academia Brasileira de Ciência, Jacob Pallis, e a presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Albanita Vianna, além de vários membros da comunidade científica fluminense.
Num breve retrospecto, o secretário de C&T Alexandre Cardoso lembrou a dívida de R$ 1 bilhão, encontrada pelo atual governo ao assumir o estado, em 2007, e as mudanças que culminaram na conquista da cidade em sediar as Olimpíadas de 2016. "Dos 12 municípios atendidos pela FAPERJ quando assumimos, hoje, eles passaram a ser 55 e poderão chegar a 67 até o final desse ano. E não há universidade no estado que não conte com recursos da Fundação", falou. Cardoso referiu-se ainda à recuperação da Fundação no aspecto ético. "Agora não acontece mais de um pesquisador ser contemplado e não receber os recursos a que tem direito. O Rio de Janeiro vive um momento de transparência e isso também mudou a cara da FAPERJ. E o que está acontecendo na ciência e na tecnologia também vem acontecendo em outras áreas. Estamos construindo uma infraestrutura forte para o futuro do estado", falou o secretário.
Ao abrir a cerimônia, o diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, em seu discurso, também fez um pequeno histórico sobre a atuação da Fundação na atual gestão, falando da preocupação em contemplar tanto a pesquisa básica quanto a aplicada, em todas as áreas de conhecimento, incentivando também a popularização e difusão da ciência. "Esta tem sido uma administração marcada pela inovação e pela superação de limites. Desde 2007, nossa capacidade de fomento foi radicalmente alterada. Até o final de 2009, teremos lançado 18 editais, somente este ano, e ainda outros em convênios com CNPq, com a Capes e com o Ministério da Saúde, por exemplo. Isso significa que de 2007 até agora já investimos R$ 0,5 bilhão no fomento à pesquisa, dos quais R$ 280 milhões só em 2009. Até o final de 2010, teremos ultrapassado a marca de R$ 1 bilhão, cifra sequer imaginada tempos atrás", enumerou. Ruy Marques falou ainda sobre o compromisso em acompanhar o andamento dos projetos que contaram com recursos da Fundação e de como a comunidade científica tem sabido responder aos investimentos feitos, cada vez mais mostrando relevância e qualidade nos projetos apresentados.
Para o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Pallis, "o momento é de comemoração, tanto para a FAPERJ quanto para a comunidade científica". "É de longe o melhor momento na história da Fundação."
Ao final da cerimônia, o pesquisador Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega falou em nome dos 258 recém-contemplados nos dois programas. Ele enfatizou a amplitude da atuação da Fundação. "Hoje, a FAPERJ tem recursos e capacidade de aplicá-los, numa distribuição baseada apenas no mérito dos projetos. Atualmente, no estado, não há projeto de qualidade sendo desenvolvido sem apoio da FAPERJ", resumiu.
Juntos, os dois programas destinarão mais de R$ 18 milhões em recursos para a distribuição das bolsas de taxa de bancada aos 258 pesquisadores contemplados, durantes os próximos três anos. Para os Jovens Cientistas do Nosso Estado, as bolsas têm valor de R$ 1.800, enquanto que a dos Cientistas do Nosso Estado são de R$ 2.400. Somados aos aprovados em edições anteriores, hoje são 668 bolsistas beneficiados pelos dois programas, desenvolvendo projetos em diferentes áreas do conhecimento, que vão de pesquisas sobre células-tronco, por exemplo, à remediação de solos.
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