O seu browser não suporta Javascript!
Você está em: Página Inicial > Comunicação > Arquivo de Notícias > Encontro de Biotecnologia pretende alavancar setor no Brasil
Publicado em: 30/07/2009
ATENÇÃO: Você está acessando o site antigo da FAPERJ, as informações contidas aqui podem estar desatualizadas. Acesse o novo site em www.faperj.br

Encontro de Biotecnologia pretende alavancar setor no Brasil

Danielle Kiffer

 Divulgação

 
 Pequenos e microempresários reunidos no Econit: palestras sobre
 o acesso a recursos e expansão de negócios em biotecnologia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sediou, nos dias 28 e 29 de julho, o I Encontro Nacional de Inovação Tecnológica em Biotecnologia (Econit/Biotec). Resultado da parceria entre o Comitê Nacional de Biotecnologia (CNB), a Secretaria de Tecnologia Industrial (STI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o BNDES, o encontro foi organizado para facilitar o acesso de micro e pequenas empresas da área de biotecnologia aos recursos oferecidos pelo governo e difundir informações importantes para a realização e expansão de negócios. Em um dos balcões montados para o evento, a FAPERJ esteve presente para prestar assessoria especializada sobre as formas de apoio da fundação a empresários envolvidos em projetos no setor e sobre a documentação necessária.

Na mesa de abertura, estiveram presentes Luciana Lemos Capanema, gerente do departamento de produtos intermediários, químicos e farmacêuticos do BNDES; Adriana Diaferia, gerente jurídica da ABDI, e Francelino Grando, secretário de Tecnologia Industrial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Para o diretor de tecnologia Rex Nazaré Alvez, que representou a Fundação no encontro, o Econit/Biotec foi uma iniciativa importante para o setor. “Representou uma forma de atrair para o Rio de Janeiro não só os responsáveis do governo federal pela implementação da biotecnologia no país, como os representantes dos governos estaduais, o que pode significar o impulso de que a área necessita para se desenvolver no Brasil.”

Em sua fala, Luciana Capanema ressaltou que a biotecnologia representa o futuro. “Neste contexto, a indústria brasileira precisa utilizar melhor o conhecimento que vem sendo gerado nas universidades e nas pequenas empresas. Outro ponto importante é que este evento traz a empresa para o seu devido lugar, que é o centro do processo de inovação. Somam-se à empresa os institutos de pesquisa e as universidades na geração de conhecimento, na formação de recursos humanos e os núcleos de inovação tecnológica. Espero que com este evento, possamos, com a ajuda do governo, proporcionar o desenvolvimento da biotecnologia do país.”

Para Adriana, poder constatar o trabalho que resultou na consolidação da política de desenvolvimento da biotecnologia é sinal de que há um caminho bastante promissor para esta área. “Não só porque temos políticas governamentais hoje que dão respaldo e continuam propondo medidas e ações e instrumentos para que a biotecnologia se consolide no país, mas também por ver que a indústria, o setor privado, de um modo geral, continua acreditando nesta iniciativa e continua investindo no setor, que é de extrema relevância para o desenvolvimento do país. Em uma forte cooperação com o Ministério do Desenvolvimento, a ABDI tem feito todo este trabalho de articulação para a consolidação das ações do Comitê Nacional de Biotecnologia, cumprindo seu papel de secretaria executiva. Este fórum de biotecnologia é justamente o espaço de articulação com a iniciativa privada, de entender as demandas, as necessidades, os pontos de fragilidade que precisam ser trabalhados para que de fato esta indústria possa se consolidar no país.”

Segundo o secretário de Tecnologia Industrial, do MDIC, Francelino Grando, o Comitê Nacional de Biotecnologia tem como objetivo fazer administrar todos os esforços públicos e privados necessários para o efetivo lançamento da área de biotecnologia diante da enorme gama de perspectivas e oportunidades de negócios que se abre no Brasil, principalmente pela existência das universidades e de recursos humanos qualificados. “Há desafios tão grandes na área de biotecnologia, que precisam de uma atenção muito especial dos diversos organismos do estado. Este alerta é um dos objetivos da Biotec. É preciso ir diretamente à base do sistema produtivo”.

O secretário também destacou a importância do desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil. “A matéria-prima mais utilizada na fabricação de biocombustíveis, em nosso país, é a soja, que é o mais fácil de se fazer e está longe de ser a melhor alternativa para o país. Além disso, não é uma opção economicamente nem ecologicamente viável para o país. E o país está muito longe de estar no domínio desta técnica. É preciso explorar diversas outras matérias-primas existentes e transformar o biodiesel em uma opção economicamente viável e ambientalmente sustentável”, finalizou.

Em seguida, o presidente do INPI, Jorge Ávila, se pronunciou, ressaltando que o Econit/Biotec representa a oportunidade de as empresas dizerem ao governo as dificuldades que têm enfrentado no desenvolvimento de atividades no campo da biotecnologia. “Nossa percepção é de que nas áreas de financiamento e de revisão normativa legal, estes avanços têm sido mais lentos. Seria importante que tivéssemos mais subsídios sobre este assunto. Eu diria que, no campo dos aspectos normativos, temos dois grandes desafios: um deles é a questão ambiental, na forma como a política de biotecnologia conversa com a política ambiental e as dificuldades que as empresas têm enfrentado no acesso à biodiversidade. O outro acontece no campo da propriedade intelectual, com relação à grande dificuldade de patentear projetos no campo da geologia”, completou.

Em seguida, iniciou-se a programação de palestras do evento. A primeira, “Gestão da Propriedade Industrial”, foi ministrada pela pesquisadora em propriedade industrial do INPI, Zea Mayerhoff; “Mecanismos de Fomento da Finep”, apresentada por Marcelo Nicolas Camargo, chefe substituto do departamento de financiamento da Finep; “Atuação das Entidades Tecnológicas” com representantes da Fundação BioRio, Incamp e Fundação Biominas; “Mecanismos de Fomento do BNDES”; “Um Caso do Fundo Criatec” e “Preparação da Empresa para o Capital do Empreendedor”. No segundo dia, a programação foi a seguinte: “Elaboração do Plano de Negócios da Empresa”; “Propriedade Industrial: etapas de maturidade do produto”; “Maturidade Exportadora” e o “Portal da Inovação”.

Durante todo o encontro, em um salão em frente ao acesso ao local de palestras, havia balcões para prestar assessoria especializada aos micro e pequenos empresários e representantes de empresas incubadas, além de integrantes das seguintes instituições: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), Ministério da Agricultura, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), BNDES, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), INPI, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e FAPERJ. Também houve uma programação paralela, com a apresentação de produtos das empresas.

Compartilhar: Compartilhar no FaceBook Tweetar Email
  FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
Av. Erasmo Braga 118 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Cep: 20.020-000 - Tel: (21) 2333-2000 - Fax: (21) 2332-6611

Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes