Débora Motta
Divulgação |
Ressonância magnética funcional permite estudar posicionamento do tumor (setas brancas) em relação às áreas responsáveis no cérebro pela linguagem (A) e pela motricidade (B), em vermelho |
Os pacientes portadores de tumores cerebrais serão encaminhados para fazer os exames de neuroimagem no equipamento da rede Labs D’Or. “Até agora foram realizadas imagens de ressonância magnética neste equipamento de última geração, de 3 Tesla, em 120 pacientes. A ideia é ampliar esse número”, diz o chefe do Serviço de Neurocirurgia da UFRJ e um dos integrantes do grupo executivo do projeto, Jorge Marcondes. “Nos hospitais da rede pública, os pacientes não teriam acesso a exames de neuroimagem com uma resolução tão alta, fundamental para localizar e melhor caracterizar os tumores e seus efeitos nas vias neurais normais cerebrais”, completa.
De acordo com o neurocirurgião, o projeto – cuja coordenação coube ao professor Vivaldo Moura-Neto, do Departamento de Anatomia da UFRJ – tem um perfil não só assistencial, mas também de ensino e pesquisa. Para promover a troca rápida de informações médicas sobre tumores intracranianos entre as instituições participantes, uma das metas é desenvolver o Portal de Neuroncologia do Rio de Janeiro, que deve estar disponível via web até novembro deste ano. Não haverá restrições de acesso eletrônico para os leigos.
“O portal é um banco de dados com fins educativos que reunirá imagens dos tumores e do estudo sistemático utilizado no planejamento cirúrgico, além de um sumário dos resultados obtidos, que servirão de material de aprendizado, treinamento e capacitação de profissionais de diversas áreas envolvidas no tratamento de pacientes com tumor cerebral”, explica Marcondes, lembrando que o anonimato dos pacientes será mantido.
Além do diagnóstico, a partir da análise das imagens dos tumores disponibilizadas no banco de dados – como fotografias digitalizadas de histopatologia e vídeos de intervenções cirúrgicas – será possível aprimorar o acompanhamento pós-operatório, a ser realizado nos respectivos hospitais de origem dos pacientes. “Os pacientes terão melhores chances de tratamento na área de neuroncologia”, conclui Marcondes.
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