Débora Motta
Divulgação |
O novo microscópio da UFRJ irá possibilitar a captura de imagens em 3D de estruturas e eventos biológicos |
O estudo das células depende da observação de detalhes microscópicos das moléculas. Para isso, os pesquisadores do ICB utilizavam a microscopia tradicional de fluorescência, que permite marcar as moléculas com material fluorescente e identificá-las depois. Porém, essa técnica não era adequada para a visualização de material espesso (maior que 20 micrômetros), o que impedia análises tridimensionais.
“Nos microscópios convencionais, a imagem de material espesso não apresenta nenhum contraste”, explica o coordenador do projeto, professor Manoel Luis Costa, do Laboratório de Diferenciação Muscular e Citoesqueleto, acrescentando que o microscópio confocal a disco possibilita a visualização de fragmentos de tecido e até de embriões inteiros sem o tradicional procedimento de corte mecânico da amostra, além de adquirir a imagem rapidamente, permitindo o estudo de material vivo.
Costa destaca que outras vantagens do equipamento – de tecnologia japonesa e montado sob encomenda nos Estados Unidos – são o custo baixo e a facilidade de manuseio. “Além de ter um preço mais acessível, o microscópio confocal a disco é mais simples de usar, dispensando a necessidade de ter um técnico para operar o aparelho”, diz o professor, que pesquisa a miogênese (formação muscular) no embrião do peixe-zebra.
“Esse aparelho não utiliza lasers nem fotomultiplicadores, e aproveita o sistema óptico de um microscópio de fluorescência convencional, o que reduz seu custo e permite observações dinâmicas”, completa o biólogo, que concluiu seu pós-doutorado pela Universidade da Pensilvânia (EUA).
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