Danielle Kiffer
Danielle Kiffer |
O secretário Alexandre Cardoso destacou a importância da aquisição do robô para o desenvolvimento da ciência no estado |
A mesa de abertura contou com um dos coordenadores do evento, o chefe da unidade docente assistencial de urologia do Hupe, Ronaldo Damião, o secretário estadual de C&T, Alexandre Cardoso, o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, o diretor do hospital, Rodolfo Acatauassú, o diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj, Plínio José da Rocha, e o diretor do Centro Biomédico da Uerj, Paulo Roberto Volpato Dias.
Na ocasião, Alexandre Cardoso ressaltou a importância da aquisição do robô para o progresso da ciência no estado. “Vamos produzir um protocolo de intenções, e eu me comprometo a encaminhá-lo ao governador Sérgio Cabral para fazermos contato com a embaixada brasileira nos Estados Unidos a fim de analisarmos, conjuntamente, as melhores formas de negociação deste robô. É imprescindível a participação conjunta da Uerj, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do BNDES, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da FAPERJ.” E adiantou que o difícil momento econômico não iria afetar o processo: “O investimento em ciência é um grande aliado para se vencer a crise atual.”
Endossando o discurso do secretário, o reitor Ricardo Vieiralves enfatizou que a união das duas universidades do Rio de Janeiro seria imprescindível para a concretização deste projeto. “Se as duas grandes universidades públicas da cidade se unirem, tudo muda. Tenho absoluta confiança neste caminho, porque a qualidade técnica do corpo docente e do nosso movimento científico é imensa”, falou.
De acordo com Rodolfo Acatauassú, a diferença na qualidade de serviços médicos prestados entre quem pode pagar e quem não tem dinheiro suficiente pode terminar a partir do momento em que um hospital universitário recebe recursos para seu desenvolvimento. “As universidades tentam oferecer o máximo com suas estruturas, tentando diminuir essa injustiça. Basta ver que os hospitais que detêm tecnologias como essa são privados. E possivelmente, por muito tempo, nem todos os convênios irão disponibilizar esta inovação a seus pacientes. Desta forma, acreditamos poder diminuir um pouco este desnível no momento em que uma universidade pública como a nossa conseguir obter um aparelho como este”, garantiu.
Para Ronaldo Damião, a melhor solução para o Brasil crescer nesse tipo de tecnologia será não só adquirir, como também construir um robô. “Os Estados Unidos têm, atualmente, cerca de 800 robôs. Para conseguirmos distribuir robôs pelo país inteiro, precisamos adquirir uma unidade, aprendermos como funciona e passarmos a produzir os nossos. E a universidade é o local ideal para isso, já que permite a difusão do conhecimento em diversas interfaces diferentes: medicina, informática e engenharia”, informou.
Para a apresentação das três palestras do programa do simpósio, foram convidados os médicos Ricardo Abdalla e Anuar Mitre, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, que há pouco mais de um ano já utilizam o robô em cirurgias. Abdalla expôs as palestras “Princípios da Cirurgia Robótica” e “Cirurgia Robótica em Cirurgia Geral e Potencial para Uso em outras Especialidades Cirúrgicas”. Anuar Mitre proferiu sobre “Cirurgia Robótica em Urologia”. O outro coordenador do simpósio, médico responsável pelo Laboratório de Endometriose do Hupe, Marco Aurélio Pinho de Oliveira, apresentou “Cirurgia Robótica em Ginecologia”. E, para finalizar o ciclo, o diretor do Hupe discursou sobre o tema “Implementação da Cirurgia Robótica no Hupe: Sonho ou Realidade?”.
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