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Publicado em: 08/04/2009
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Incubadora de empresas da PUC-Rio irá mapear pesquisas da universidade


Vinicius Zepeda

 Divulgação/Ativa

         
     Barreira Ativa: produto combate vazamentos de óleo em
     mares, rios e lagoas por meio de contenção das manchas
 
Nos últimos anos, o fenômeno da criação de spin off’s acadêmicos – empresas de base tecnológica originadas de pesquisas aplicadas desenvolvidas no ambiente universitário – tem sido apontado em todo o mundo como forte aliado do desenvolvimento econômico e social de cidades, regiões e países. No Brasil, entre as iniciativas tomadas para incentivar este fenômeno estão a criação de parques tecnológicos e de incubadoras de empresas em universidades espalhadas pelo País. Segundo a gerente de projetos do Instituto Gênesis – a incubadora de empresas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – Priscila Perillier O'Reilly de Araújo Castro, no entanto, apesar do sucesso de produtos e empresas desenvolvidas por pesquisadores e alunos, ainda falta, por parte da universidade, o conhecimento exato da natureza das pesquisas que ali desenvolvidas. Em busca de uma solução para o problema, ele elaborou, com auxílio do edital de Apoio às Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, da FAPERJ, um projeto que busca mapear as pesquisas desenvolvidas em todos os laboratórios da universidade que poderão vir a ser pré-incubadas, ou seja, gerar potenciais projetos. Com isso, ela espera identificar possíveis produtos e empresas inovadoras que futuramente poderão ser desenvolvidos.

De acordo com Priscila, o trabalho do Instituto Gênesis, que conta com uma sede física próxima ao estacionamento e afastada do campus da universidade, ainda é desconhecido de grande parte dos alunos e professores. “Desta forma, se os professores e alunos não nos procuram com interesse em desenvolver um produto e/ou empresa, nós não tomamos conhecimento das pesquisas que eles têm realizado e que muitas vezes podem ser aplicadas na sociedade”, explica Priscila. “Com este estudo, procuramos tornar nosso trabalho mais conhecido de pesquisadores e alunos, contribuindo para aumentar o número de empresas nascidas a partir de pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da PUC”, acrescenta.

Os potenciais projetos poderão se candidatar então a uma fase de pré-incubação – com duração de seis meses a um ano – mediante abertura de inscrições feitas pelo Instituto Genesis duas vezes ao ano. “Disponibilizamos toda uma estrutura técnica e jurídica em que, durante esta etapa, analisamos a tecnologia que está sendo desenvolvida, realizamos pesquisa de mercado e de viabilidade técnica, e desenvolvemos um plano de negócios para que possa ser criada uma empresa para atuar com aquele produto”, explica Priscila. Após a fase de pré-incubação, os projetos são transformados em produtos de empresas. “Nesse caso, as futuras novas empresas poderão concorrer à seleção feita pela incubadora, inscrevendo-se durante a fase de pré-incubação e também nos prazos abertos duas vezes ao ano”, acrescenta.

A empresa que for incubada receberá toda a assessoria técnica e jurídica, além de poder contar com uma sede física durante o período máximo de três anos. Depois deste período, elas se tornam graduadas e deixam de ocupar espaço na incubadora e passam a ocupar endereço próprio, fora da universidade. “Porém, verificamos que nessa etapa de incubação, as empresas têm ocupado o tempo máximo – três anos – até estarem aptas a ingressar no mercado sem depender de nosso apoio. Com o mapeamento das pesquisas da universidade, esperamos reduzir esse tempo de incubação das empresas, melhorando o trabalho de pré-incubação”, destaca.

   Divulgação/PUC-Rio 
      

   Software voltado para avaliação de defeitos na estrutura de
  dutos, vasos de pressão e tanque criado pela empresa Prima 7S     

Por meio da utilização do software ConceptDraw MINDMAP Professional, a equipe coordenada por Priscila está elaborando mapas em que se pode verificar como estão distribuídos os laboratórios e suas linhas de pesquisa dentro dos departamentos da universidade. Ao cruzar os dados, eles percebem o que é pesquisa básica e o que é aplicada. “Após esta fase, são distribuídos questionários voltados para os chefes de departamentos onde se desenvolvem pesquisas aplicadas para que possamos entender em que estágio elas estão e, com isso, verificar quais já podem gerar novos produtos e quais ainda precisam de mais tempo”, explica Priscila.

Sobre a receptividade durante a coleta de dados feita pela equipe junto aos laboratórios e departamentos, Priscila vem verificando que nos institutos – setores que juntam competências de vários departamentos da PUC-Rio – de Mídias Digitais, Energia (petróleo e energia elétrica), Engenharia de Softwares e no Cetuc (Centro de Estudos em Telecomunicações), o trabalho tem sido bem mais fácil. “Devido à própria natureza multidisciplinar de seus estudos, eles têm mais facilidade de desenvolver pesquisas aplicadas. Consequentemente, seus pesquisadores têm também maior facilidade em entender nosso trabalho e descrever suas atividades”, afirma Priscila. Entre os resultados encontrados, ela destaca que até o momento o Instituto de Engenharia de Softwares e o Cetuc foram os que apresentaram o maior número de pesquisas que geraram empreendimentos.

Até agora, o trabalho coordenado por Priscila já identificou três pesquisas potenciais desenvolvidas dentro dos laboratórios da universidade e que vêm sendo analisadas pelo Escritório de Negócios de Propriedade Intelectual da PUC-Rio, e em processo de geração de produtos e criação de empresas. “No primeiro caso, um grupo de alunos de mestrado e doutorado em engenharia da universidade está desenvolvendo, sob nossa supervisão, a empresa Prima 7S, voltada para criação de softwares para a análise de dados, como corrosão e resistência térmica, obtidos por meio de robôs que passam em dutos de petróleo. “Ainda em fase de pré-incubação está um grupo de pesquisadores na área de nanotecnologia – tecnologia de miniaturização – para a produção de um método não-poluente, de baixo custo e de última geração de nanotubos e nanofios, presentes em fontes de captação de energia solar. Além disso, temos também um software de mapeamento geotécnico para extração de petróleo”, complementa.

Outro exemplo de sucesso de empresa formada por meio de pesquisas desenvolvidas por alunos e professores e lembrado por Priscila é o da Ativa Tecnologia e Desenvolvimento, que desenvolve soluções tecnológicas em engenharia robótica nas áreas de meio ambiente, petróleo e gás. “A empresa até hoje vem recebendo auxílios da FAPERJ. O produto Barreira Ativa, voltado para o combate a vazamentos de óleos em mares, rios e lagoas por meio da contenção e recolhimento da mancha e do óleo em água, foi desenvolvido graças ao apoio do edital Rio Inovação II”, recorda.

Até o final do ano, Priscila espera que seu estudo possa gerar cinco produtos e 10 projetos inovadores, além de gerar uma patente. Estas empresas serão instaladas, com apoio a FAPERJ, numa infraestrutura física com salas e equipamentos que serão criados na expansão do Instituto Gênesis. “Por último, vale destacar também que iremos cruzar o mapeamento das pesquisas já desenvolvidas na universidade com os projetos que já vem sendo desenvolvidos pela empresas da incubadora”, conclui Priscila.

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