Após 30 anos, a invenção da tecnologia de produção de imagens por ressonância magnética (MRI) finalmente rendeu ao químico norte-americano Paul Lauterbur (foto à esquerda) e ao físico britânico Peter Mansfield (à direita) o Prêmio Nobel em Fisiologia ou Medicina. O MRI permite fazer diagnósticos seguros e precisos para diversos tipos de doença, sendo comparado em importância ao raio X. A tecnologia também é usada em pesquisas sobre o funcionamento das diversas áreas do cérebro.
Paul Lauterbur, 74, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, EUA, e Peter Mansfield, 69, da Universidade de Nottingham, Inglaterra, criaram modelos teóricos e aparelhos capazes de traduzir a resposta dos átomos em imagens bidimensionais e, mais tarde, tridimensionais. Todo ano são feitos cerca de 60 milhões de exames no mundo, com 22 mil aparelhos.
Diretor-científico da FAPERJ e pesquisador do Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear da UFRJ, Jerson Lima Silva conheceu Lauterbur há dez anos na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, onde químico trabalha até hoje. Segundo ele, a “grande sacada” dos cientistas foi usar a tecnologia de ressonância magnética para conseguir imagens dos tecidos e dos órgãos. “Foi quase um ovo de Colombo”, disse à Folha de S. Paulo Lima Silva. Ele conta que desde aquela época Lauterbur já era cotado para o Nobel e explica que a demora na premiação é comum em casos de grandes descobertas médicas. "Parece que há um certo ressentimento em relação às descobertas que já têm uma aplicação médica grande, como é o caso dessa", observou Lima Silva à Folha.
Saiba mais sobre os pesquisadores e suas descobertas no site oficial do Prêmio Nobel:
Página Inicial | Mapa do site | Central de Atendimento | Créditos | Dúvidas frequentes