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Publicado em: 02/10/2008
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Apresentação de projetos na sede da Fundação motiva os pesquisadores

Vinicius Zepeda 

         
      Alcílio Vieira: mais de 60 espécies de frutas diferentes
      são cultivadas em seu Banco Ativo de Germoplasma
  
 

Diferente da espécie que conhecemos, os frutos da jabuticabeira branca ao amadurecer adquirem coloração verde esbranquiçada. Quem já provou garante que são tão ou mais saborosos que os da jabuticabeira comum. Mas entre as 60 espécies cultivadas no Banco Ativo de Germoplasma (BAG), projeto desenvolvido por Alcílio Vieira, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado (Pesagro), há ainda pitanga negra, amora gigante, mini-abacates, rambutãs, oito tipos de melão e diversas outras frutas silvestres, nativas e exóticas fluminenses, como explicou o pesquisador. "O BAG é uma forma de preservar essas espécies, divulgá-las e contribuir para seu cultivo e comercialização, evitando que muitas delas sejam extintas. Há 200 anos, havia mais de 2.000 espécies diferentes no estado; hoje esse número não passa de 200", explicou Alcílio.

Este e outros projetos, contemplados com o APQ 1 (auxílio básico – "balcão") foram apresentados a uma platéia interessada na sede da FAPERJ, na última sexta-feira, 26 de setembro. A idéia, segundo o professor Vitor Ferreira, assessor da diretoria científica e responsável pela avaliação dos fomentos por meio dessa modalidade de auxílio, é realizar um acompanhamento do desenvolvimento dos projetos e permitir um maior entrosamento entre pesquisadores, possibilitando que conheçam as pesquisas em andamento, e até que possam trocar experiências. Para isso, entre os vários projetos de pesquisa (APQ 1) apoiados pela FAPERJ, cinco foram selecionados para o que deve se tornar a primeira de uma série de apresentações mensais. "Nosso critério foi escolher pesquisas de áreas bem diversas, de várias instituições, sobretudo algumas de fora do município do Rio, procurando mostrar a variedade das pesquisas que levam o nosso apoio", explicou Ferreira.

Além de Alcílio, da Pesagro, mais quatro pesquisadores também apresentaram os resultados de suas pesquisas: João Rodrigues Miguel, da Universidade do Grande Rio (Unigranrio); Silvia Maria Sella e Sílvio José Sabino, ambos da Universidade Federal Fluminense (UFF); e Viviane Gomes Teixeira, da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Em "Inventário florístico da Estação Ecológica Estadual do Paraíso", o botânico João Rodrigues Miguel procura conhecer a vegetação da região onde se situa a estação, com um levantamento das espécies nativas. O projeto também procura ampliar o acervo do Herbário Bradeanum – criado por um colecionador particular e atualmente mantido nas dependências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) –, além de criar um herbário próprio para a Unigranrio. "Entre Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, a Estação Ecológica do Paraíso abriga as nascentes dos rios Caboclo, Anil e Paraíso, que alimentam o abastecimento de água de toda aquela área. A região, de resquícios de Mata Atlântica, é de grande riqueza florística. Estamos procedendo à identificação das amostras coletadas com a ajuda de especialistas de outras instituições, disse João.

Quem também falou sobre o projeto que coordena foi Sílvia Maria Sella, do Instituto de Química da UFF. Em "Determinação voltamérica de complexos metálicos: uma estratégia de identificação de mecanismos de detoxificação da mamona (Ricinus communis)", a pesquisadora procura determinar a concentração de metais em plantas como a mamona – abundante na região estudada –, como indicador da contaminação dos ambientes. "Na presença de contaminantes metálicos, essas plantas produzem fitoquelantes, que é a forma que encontram de inativar estes contaminantes", explica a professora. Ela também pretende incentivar a formação de recursos humanos na área de pesquisa bioanalítica. O método empregado para isso, inovador pelo equipamento que usa, também pode ser associado à Rede Proteômica do estado e empregado em outras pesquisas em andamento no Rio de Janeiro.

O químico Sílvio José Sabino, também da UFF, pesquisa formas de preparação de novos quelantes para a captura de cobre e de outros íons metálicos em minérios. "Síntese de Oximas e suas Aplicações na Separação de Cobre e Outros Metais em Processos de Extração por Solventes" propõe o desenvolvimento de um processo que poderá ser empregado na mineração. A professora Viviane Gomes Teixeira, da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ), faz um estudo parecido, mas utilizando polímeros. Em "Desenvolvimento de Resinas Poliméricas para Remediação de Resíduos Contaminados com Zinco e Cádmio", sua proposta é de criar polímeros que possam ser usados na extração de metais, em ambientes contaminados, como na área da antiga Mineradora Ingá Mercantil, indústria produtora de placas de zinco, abandonada após falência, em Sepetiba.

O diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Marques, comemora o início do ciclo de seminários. "Este é o início de um programa da Fundação que visa acompanhar os projetos de pesquisa científica ou tecnológica apoiados. Somente assim poderemos saber se estamos trilhando o caminho correto na concessão dos auxílios e bolsas", disse Marques, acrescentando que também tem sido solicitado aos pesquisadores o preenchimento de um pequeno relatório especial (diferente do utilizado por ocasião do término das pesquisas) que possibilitará uma avaliação mais aprofundada do desenvolvimento do projeto apoiado. "Começamos com a modalidade de auxílio por meio do APQ 1, mas, progressivamente, pretendemos atingir todas as demais modalidades, notadamente aquelas em que a demanda foi induzida, pelos muitos editais lançados desde o início de 2007. Nesta pequena amostragem inicial, a receptividade à nossa solicitação por parte dos pesquisadores foi excelente, o que acredito que continuará a se repetir. Peço a compreensão de todos os colegas pesquisadores para a necessidade de realizarmos este acompanhamento, como uma prestação de contas à sociedade e ao Governo, mas também como uma importante ferramenta para o aumento dos recursos destinados à FAPERJ", concluiu Marques.

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