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Publicado em: 11/09/2008
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Pesquisa traça diagnóstico econômico da Zona Oeste do Rio de Janeiro

Débora Motta

 Divulgação

  

 Bangu, uma das regiões da Zona Oeste do Rio pesquisadas,
 tem forte tradição industrial e maioria da mão-de-obra jovem 

Traçar um perfil da economia da Zona Oeste do Rio é o objetivo da pesquisa Desenvolvimento Econômico Local da Zona Oeste do Rio de Janeiro e de seu Entorno: Diagnóstico Socioeconômico do Local, liderada pela professora Renata La Rovere, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ). Contemplado pela FAPERJ no edital Pensa Rio, em 2007, o estudo faz um levantamento das atividades econômicas que movimentam a Zona Oeste, em especial as regiões administrativas de Bangu, Campo Grande, Realengo e Santa Cruz, que representam cerca de 30% da área do município do Rio de Janeiro. De acordo com a economista, um dos desafios para o desenvolvimento da indústria na região é a qualificação da mão-de-obra, predominantemente jovem e com nível médio de instrução.

"Comparando com o nível de instrução dos trabalhadores de todo o município do Rio, boa parte da mão-de-obra das áreas pesquisadas na Zona Oeste concluiu o ensino médio. Além disso, é mais jovem. Desses jovens, 45% têm ensino médio completo, frente a 39% da mão-de-obra do Rio como um todo. Mas apenas 13,5% têm nível superior na região pesquisada, comparando com 26,1% em todo o Rio. Isso indica que a mão-de-obra local está apta a receber cursos de treinamento visando ao seu melhor aproveitamento", aponta Renata La Rovere.

A pesquisa vai mapear a economia das quatro regiões administrativas da Zona Oeste eleitas pelos pesquisadores. "Resolvemos concentrar a análise nessa área da cidade porque já temos no Instituto de Economia vários estudos sobre desenvolvimento local, mas sempre fora da cidade do Rio, em outros municípios fluminenses", explica, acrescentando que a escolha das regiões administrativas foi pautada pelas semelhanças econômicas. "A Zona Oeste é bem mais ampla do que as quatro regiões escolhidas, com 41 bairros e 10 regiões administrativas, mas o critério para selecionar as áreas foi baseado no perfil econômico. Apesar de também atraírem empresas, outras regiões administrativas da Zona Oeste, como Barra da Tijuca e Jacarepaguá, têm um perfil mais residencial e por isso não foram incluídas no estudo."

Reunindo uma geografia peculiar, com serras, planícies e descampados, a Zona Oeste do Rio tem historicamente uma vocação industrial. "A Zona Oeste foi um grande pólo têxtil. Hoje, ela atrai principalmente as indústrias de metalurgia e de minerais não-metálicos. Fomos movidos pela curiosidade de identificar os impactos dos novos investimentos e da instalação de empresas nessa região de forte tradição industrial", diz a economista, destacando que entre as vantagens que a região oferece para a indústria estão a proximidade com o porto de Itaguaí e o arco rodoviário, em construção pelo governo do estado.

Para dinamizar o processo de pesquisa, o projeto foi concebido em quatro etapas. "Na primeira etapa, realizamos um levantamento estatístico preliminar da economia local, com base em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, que concluiu que a Zona Oeste tem uma predominância das atividades comerciais e de serviços, além de uma especialização relativa na indústria quando comparada com o município do Rio", diz.

A segunda etapa do estudo, que conta com o trabalho da Ayra Consultoria – empresa júnior da UFRJ –, consiste no envio de questionários para 262 empresas da região. "A partir das respostas, vamos conhecer questões básicas que caracterizam as empresas da região, incluindo quais são os produtos, as vantagens da localização, as perspectivas de crescimento, a qualificação da mão–de-obra e se elas fazem inovação tecnológica ou contratam empresas de fora", enumera a professora.

Depois de receber os questionários com as demandas das empresas localizadas na Zona Oeste do Rio, o próximo passo dos pesquisadores será a realização de estudos sobre temas específicos ligados ao desenvolvimento local. "Uma equipe multidisciplinar de doutores em economia, sociologia e pedagogia vai avaliar diversos aspectos fundamentais para o desenvolvimento da economia local, como a governança, comércio exterior, logística, infra-estrutura, educação, questão fundiária e segurança pública", afirma Renata La Rovere.

A última etapa da pesquisa, prevista para acontecer em março de 2009, será a realização de um seminário com a participação das lideranças empresariais e institucionais, em que serão discutidos os dados apresentados no estudo e a possibilidade de expansão da economia das regiões da Zona Oeste do Rio analisadas. "A idéia é iniciar um processo de mobilização pelo desenvolvimento da região a partir do diagnóstico que será apresentado", conclui.

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