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Publicado em: 10/07/2008
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Sai resultado dos editais Doenças Negligenciadas e Pós-Graduação

Pouco mais de dois meses depois de seu lançamento, a Fundação divulgou, nesta quinta-feira, 10 de julho, a lista de contemplados no edital Apoio ao Estudo de Doenças Negligenciadas e Reemergentes. Com 56 propostas beneficiadas, de oito instituições diferentes, o programa teve ótima acolhida pela comunidade científica. Também nesta quinta, foi divulgada a listagem de contemplados no edital Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Universidades Estaduais, que beneficiou 47 projetos (veja mais detalhes abaixo).

Sobre o Apoio às Doenças Negligenciadas e Reemergentes, o presidente da Academia Nacional de Medicina e diretor de Oncobiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos de Oliveira Moraes, disse que financiar pesquisas de aplicação imediata nesta área é uma iniciativa louvável e oportuna, particularmente depois que o estado do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue, neste verão. "Não tenho dúvidas de que o programa acelerará a obtenção de resultados no setor", disse.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi a instituição com maior número de projetos beneficiados, 24, seguida pela Fundação Oswaldo Cruz, com 20. A Universidade Federal Fluminense (UFF) teve quatro propostas aprovadas, uma a mais que a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) teve dois projetos beneficiados. As universidades Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Estácio de Sá (Uneso) e o Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo) tiveram, cada uma, uma proposta aprovada.

O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, também achou o programa oportuno, já que doenças negligenciadas e reemergentes acometem, sobretudo, as populações mais pobres e não recebem a atenção da indústria. "Quando os governos não colocam os recursos necessários a esse enfrentamento como uma prioridade em pesquisas e em políticas públicas, elas continuam matando uma grande quantidade de pessoas em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento", disse. E prosseguiu: "No Brasil, em geral, e no estado do Rio de Janeiro, em particular, estamos empenhados em acelerar esses esforços, visando aumentar a atividade científica e tecnológica neste campo. Por isso, iniciativas que ajudem a promover tais esforços, entre elas o edital da FAPERJ, são muito bem-vindas. Reafirmamos que o combate às doenças contempladas nesse edital faz parte da missão da Fiocruz."

Com recursos de R$ 10 milhões, o edital é voltado para a pesquisa de doenças como a dengue, doença de Chagas, esporotricose, esquistossomose, febre amarela, hanseníase, leptospirose, leishmaniose, malária, paracoccidiose, riquetsiose, tuberculose e dengue. O programa financiará linhas de apoio em vetores, epidemiologia, vigilância, controle, diagnóstico clínico e laboratorial, tratamento, prognóstico e vacinas.

O edital, que começou a ser elaborado pela diretoria da Fundação em fevereiro e contou, à época, com ampla discussão com a comunidade científica fluminense, concentra R$ 3 milhões do total exclusivamente em projetos de pesquisa que levem ao avanço do conhecimento e a sua aplicabilidade clínica em curto prazo na prevenção, diagnóstico e tratamento da dengue.

A iniciativa também agradou o coordenador científico do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saíde (CDTS) da Fiocruz, Carlos Morel. "Apesar de as doenças contempladas pelo edital serem prioritárias, elas costumam ser negligenciadas e os recursos acabam sendo direcionados para doenças de maior apelo, como o câncer. Só tenho que elogiar a Fundação por esse edital e também pelos critérios de seleção da FAPERJ, sempre transparentes. Ainda mais porque o edital favorece pesquisas sobre a dengue, o que tem tudo a ver com o momento que vivemos no Rio. Tantas mortes por essa doença são uma vergonha para os cariocas. A dengue precisa de prevenção e tratamentos permanentes, por isso o investimento nessa área, apesar de ser local, vai gerar com certeza um efeito até global."

Para o diretor científico da FAFERJ, Jerson Lima Silva, foi a primeira vez que se lançou um edital com tal volume de recursos. "É enorme a premência de investimentos de pesquisa nessa área, sobretudo em países em desenvolvimento. Temos o dever de estimular esses estudos. No Brasil, e no Rio de Janeiro, em particular, há competência bem instalada na área, embora com poucos recursos. Temos, por exemplo, uma tradição forte em trabalhos sobre doença de Chagas. A própria Fiocruz mantém uma quantidade enorme de núcleos de estudos sobre lepra, malária, e mais recentemente sobre dengue", falou o diretor científico.

"Houve iniciativas do governo federal nos últimos anos em apoiar estas pesquisas, mas é a primeira vez que uma agência estadual faz um aporte de recursos com esse volume", fala. Do outro lado, também há uma alta produção científica e tecnológica. Segundo Lima Silva, o que se buscou com o edital foi juntar competências em áreas diferentes, envolvendo grupos de pesquisadores para tentar acelerar e chegar a resultados o mais rapidamente possível. "Há diversos projetos no setor de vacinas, terapias e diagnósticos que podem apresentar aplicação em curto prazo. Acredito que teremos agradáveis surpresas em um período relativamente curto", anima-se.

No edital Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Universidades Estaduais, houve um total 47 projetos aprovados pela comissão avaliadora, responsável pelo julgamento das propostas. Foram 36 as propostas contempladas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e 11 da Universidade Estadual no Norte Fluminense (Uenf). Agora, os coordenadores dos projetos selecionados devem aguardar o comunicado da FAPERJ, por correio eletrônico, sobre a data de entrega dos termos de outorga.

À dotação inicial de R$ 2 milhões foram acrescidos R$ 400 mil. O edital visa apoiar a aquisição de materiais de consumo, equipamentos, serviços diversos e a execução de obras de infra-estrutura previstos em projetos apresentados por programas de pós-graduação stricto sensu em universidades estaduais, para estimular e garantir a continuidade da progressão quantitativa e qualitativa de sua produção acadêmica.

Os recursos custeiam material permanente e equipamentos; pequenas obras de infra-estrutura e instalações (até 30% do montante solicitado); material de consumo; aquisição de acervo bibliográfico; serviços de terceiros (pessoas físicas e jurídicas, desde que eventuais (até 15% do montante solicitado); pagamento de diárias e passagens (até 10% do montante solicitado); despesas acessórias de importação.

Confira a lista dos contemplados:

Resultado de Apoio ao Estudo de Doenças Negligenciadas e Reemergentes 

Resultado de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Universidades Estaduais

Veja aqui a relação completa de editais lançados em 2008.

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