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Publicado em: 06/06/2008
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Gel à base de algas marinhas combate o HIV

Um gel, à base de algas marinhas encontradas no litoral brasileiro, vem se mostrando altamente eficaz na prevenção da Aids. Desenvolvido em conjunto pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Oswaldo Cruz (IOC), a substância está sendo testada na Saint George's Medical School, na Inglaterra, e já revelou eliminar em 95% a replicação do vírus HIV nos testes in vitro feitos com células humanas. A expectativa é de que dentro de mais dois anos sejam feitos testes com humanos.

Segundo Isabel Paixão, coordenadora do Laboratório de Virologia da UFF, uma das grandes vantagens do gel é voltar-se particularmente à proteção da mulher. "Além do baixo custo de produção e ausência de toxicidade, o produto permite autonomia à mulher, que pode se proteger independentemente do uso da camisinha. Embora o preservativo seja indispensável, muitos homens ainda se mostram refratários a ele. Com a aplicação do gel antes das relações sexuais, a mulher fica protegida de qualquer forma", explica.

A pesquisadora esclarece que a participação da universidade inglesa possibilita a realização dos testes, de alto custo. "A Saint George's é uma instituição especializada em testes com tecidos da região genital feminina, como vagina e colo do útero, pela técnica de explantes. Essa metodologia nos está sendo passada e nos permitirá que ainda este ano possamos efetuar os mesmos procedimentos", fala Paixão. O explante é a retirada de tecidos humanos, que são mantidos vivos em laboratório para a testagem com vários tipos de substâncias. Uma vez que a técnica esteja implantada no país, isso permitirá que sejam testados diversos outros elementos parecidos.

No caso do gel, trata-se de um microbicida produzido a partir de substância extraída de algas pardas, encontradas abundantemente em diversos pontos da costa brasileira, como o Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte. "A substância, da família dos ditertenos, já havia sido isolada há 13 anos pela pesquisadora Valéria Teixeira, que também é da UFF. A partir daí, começamos a testar a atividade antiviral dessa substância em colaboração com pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz e da Fundação Ataulpho de Paiva", conta Paixão. Nas análises pré-clínicas em organismos vivos, no caso camundongos, feitos na UFF, comprovou-se a baixa toxicidade do diterteno, repetindo-se os resultados das testagens com células humanas sanguíneas isoladas em laboratório. "No momento, estamos testando a atividade microbicida, e ainda focados no HIV. Dentro de mais algum tempo, poderemos aproveitar a metodologia do explante para testar outros vírus, como o da herpes e do HPV", conclui.

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