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Publicado em: 08/05/2008
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ABC dá posse a 22 novos membros, 4 deles estrangeiros

Divulgação/ABC    

     

    O presidente da ABC, Jacob Palis, ao centro, posa ao
    lado dos novos acadêmicos empossados pela entidade

 

Em sessão solene realizada nesta terça-feira, dia 6 de maio, no Hotel Sofitel, em Copacabana, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) empossou 22 novos membros, quatro deles estrangeiros. Cientistas de ponta de diversas áreas do conhecimento, autoridades e convidados marcaram presença no amplo auditório que esteve lotado durante toda a solenidade. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, prestigiou o evento, ocupando lugar central na mesa ao lado do presidente da ABC, Jacob Palis. Este, o último a discursar, aproveitou para rebater as críticas "indevidas" que o país vem recebendo no exterior por sua produção de biocombustíveis. 

Na mesma ocasião foi entregue o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia – considerado a mais importante honraria em ciência e tecnologia do país – ao médico Sérgio Henrique Ferreira, cientista consagrado e autor de estudos que levaram ao desenvolvimento de drogas de combate à hipertensão. O prêmio, originalmente instituído pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) em 1981, há dois anos transformou-se numa parceria com a Fundação Conrado Wessel.

Ao saudar Ferreira, o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, afirmou que o país vive um momento excepcional com o diálogo entre as decisões políticas e a área da ciência. Sobre o premiado, elogiou sua determinação de colocar em funcionamento uma efetiva estrutura de pesquisa num breve período: “Sérgio Ferreira e seus companheiros de Ribeirão Preto provaram que é possível estabelecer uma estrutura inovadora e produtiva num curto período de tempo. Esse é o nosso grande desafio”, disse, referindo-se ao país.

O presidente da Fundação Conrado Wessel, Américo Fialdini Júnior, lembrou os laços que unem as instituições de fomento à pesquisa à entidade que preside, e defendeu uma maior aproximação entre as classes dirigentes do país: “Precisamos que a iniciativa privada venha ao encontro do setor público, e que este, da mesma forma, procure o setor privado em buscas de parcerias e soluções que beneficiem a sociedade”.

Divulgação/ABC 

       
O ministro de C&T, Sérgio Rezende (à dir.),
entrega o prêmio a Sérgio Henrique Ferreira
 


Encarregado da saudação aos novos acadêmicos, Luiz Bevilacqua lembrou que os novos membros têm agora, junto com a ABC, um compromisso extra de contribuir para o desenvolvimento da C&T no país. Em seu discurso, defendeu um maior diálogo entre os pesquisadores e suas disciplinas: “O desenvolvimento da ciência aponta para um mundo de novas disciplinas, em que as pesquisas deverão ser abordadas de forma interdisciplinar”, disse, lembrando o isolamento e o confinamento dos departamentos nas diversas instituições de ensino e pesquisa em todo o mundo.

Mais adiante, defendeu uma ênfase na educação, em que os valores do conhecimento precisam ser levados adiante de modo que “prevaleçam sobre o consumismo e o materialismo”.

Falando em nome dos empossados, Vera Lúcia da Silva Gaiesky afirmou que, para enfrentar tantos percalços, só o "prazer genuíno” de fazer ciência é capaz de responder às perguntas que se fazem os cientistas.

Em seguida, Sérgio Rezende, falando de improviso, lembrou o lançamento por sua pasta, em novembro de 2007, do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia, e disse apostar que essa iniciativa deverá se tornar uma política de estado e não apenas do atual governo. “Assistimos à consolidação do sistema de C&T do país e acreditamos que não veremos mais a escassez de recursos de outros tempos para a pesquisa e a ciência porque a sociedade brasileira terá, ao longo dos próximos anos, tomado consciência da importância de se manter o fomento ao setor de C&T”, disse. O ministro, que também integra o corpo da ABC como acadêmico, destacou a transferência de recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – instrumento que financiou a pesquisa brasileira nos anos 70 e 80 –, que voltou a registrar uma significativa capacidade de financiamento a partir do final dos anos 90, com a instituição dos Fundos Setoriais de C&T pelo congresso.

Rezende adiantou que, junto ao CNPq, está discutindo uma revisão dos Institutos do Milênio, o aumento dos recursos destinados ao Pronex (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência), e o aumento das bolsas de produtividade de pesquisa.

A cerimônia foi encerrada com discurso do presidente da academia, Jacob Palis, que, antes, entregou títulos de membros institucionais à Fundação Conrado Wessel e ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).

Palis afirmou que a ciência brasileira, embora ainda muito jovem, está crescendo não só em qualidade, mas também na abrangência, graças às agências de fomento do governo, às parcerias com a iniciativa privada e também ao trabalho da ABC. O matemático lembrou que a ABC constituiu grupos de pesquisa para discutir o papel da FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa) e também sobre o setor de biocombustíveis. Com relação a este, frisou os ataques que o país tem sofrido nas últimas semanas por causa da crise de alimentos. “O Brasil tem sido indevidamente atacado no exterior pela produção de nosso biocombustível, que, no caso particular do país, nada tem a ver com a crise no setor de alimentos”, disse.

Sobre as FAPs, destacou o papel no fomento à C&T dessas agências, mencionando, em particular, a atuação da FAPESP, em São Paulo, e da FAPERJ, no Rio de Janeiro. O diretor-presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, esteve presente ao evento em companhia do diretor científico da Fundação e diretor da ABC, Jerson Lima Silva.

Palis voltou a defender uma maior presença feminina na ciência e fechou seu discurso com uma declaração em tom de desabafo: “Não é possível que um país com a visibilidade que já alcançamos no cenário internacional ainda disponha de premissas acanhadas num modesto prédio do centro da cidade. É imperioso que consigamos encontrar novas instalações”, disse.

Também participaram da mesa o secretário de C&T do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso; a presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) do MCT, Lúcia Melo; o secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Rodrigues Elias; o presidente da Capes/MEC, Jorge Guimarães; o presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antonio Raupp; e o presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCT), Luis Fernandes.

 

Confira abaixo a lista dos novos acadêmicos:

 

Membros Titulares

- Ciências Matemáticas: Abramo Hefez (UFF) e Carlos Gustavo de Araújo Moreira (Impa)
- Ciências Físicas: Jacques Raymond Daniel Lépine (USP) e Ricardo Magnus Osório Galvão (CBPF)
- Ciências Químicas: Ademir Neves (UFSC) e Claudio Airoldi (Unicamp)

- Ciências da Terra: Aroldo Misi (UFBA)

- Ciências Biológicas: João Antonio Pegas Henriques e Vera Lúcia da Silva Valente Gaiesky (ambos da UFRGS)
- Ciências Biomédicas: Débora Foguel (UFRJ), Fernando de Queiroz Cunha (USP) e Luisa Lina Villa (Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer)

- Ciências da Saúde: Carlos Augusto Monteiro (USP)
- Ciências Agrárias: Jesus Aparecido Ferro (Unesp) e Siu Mui Tsai (USP)
- Ciências da Engenharia: Edmundo Albuquerque de Souza e Silva (UFRJ) e Jean Pierre von der Weid (PUC-Rio)

- Ciências Humanas: Júlio Cezar Melatti (UnB)

 

Membros Estrangeiros

- Ciências Biomédicas: William L. Klein (Northwestern University, Chicago, EUA)

- Ciências da Saúde: Eduardo Enrique Castilla (Fiocruz)

- Ciências da Terra: Yves Tardy (Université Louis Pasteur, Estrasburgo, França)

- Ciências Matemáticas: Charles M. Newman (American Mathematical Society).

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