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Publicado em: 30/04/2008
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Novos equipamentos empregarão técnica de ponta para tratar catarata

Vinicius Zepeda 
     
 De volta às origens: Cardoso (à esq.) recorda 
 seus tempos de médico ao assistir à cirurgia

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) atestam que metade da população mundial acima de 55 anos sofre de catarata – distúrbio que leva à perda da transparência do cristalino, lente do olho que fica atrás da pupila e é responsável por dar foco à visão. Atualmente, a única maneira de eliminar de vez o problema é a cirurgia. No Rio de Janeiro, a população em breve ganhará um aliado contra o mal. Um microscópio e um facoemulsificador de última geração, instalados na unidade de cirurgia ambulatorial da Policlínica Piquet Carneiro (PPC) – instituição ligada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ao Ministério da Saúde –, servirão para uso da técnica de quick-shop. O equipamento foi adquirido graças a financiamento da FAPERJ. 

Esta nova intervenção, realizada com alto vácuo, ultra-som e um instrumento conhecido como chopper, permite maior precisão do que outras técnicas de microcirurgia. "É um método mais eficiente do que os usuais porque faz perder menos células endoteliais da córnea, ou seja, a técnica proporciona uma melhor preservação da saúde do olho", detalha o oftalmologista e professor da Uerj Riuitiro Yamane, que coordena pesquisa sobre a nova tecnologia. "Esta é uma técnica boa e consolidada", diz Yamane. "A previsibilidade de resultado visual não varia tanto em relação às outras, mas quando se faz esse procedimento são inúmeras as variáveis que se levam em conta, uma delas é a facoemulsificação do cristalino, ou seja, a técnica quick-shop teria essa propriedade de proteger mais a córnea". 

 

Segundo Yamane, o equipamento possibilitará que, no decorrer do projeto, entre 30 e 40 pacientes sejam operados e avaliados num rigoroso acompanhamento pós-operatório. “Durante o desenvolvimento do nosso estudo, pacientes com tipos específicos de catarata e escolhidos segundo alguns pré-requisitos – como, por exemplo, não ser portador de glaucoma ou diabetes, e não ter sido submetido a procedimentos cirúrgicos oftalmológicos anteriores – serão tratados durante um período de oito meses”, explica Yamane.  “Além disso, os equipamentos serão integrados ao patrimônio da Uerj e servirão para o lançamento de programas de cirurgia de catarata, em breve disponibilizados à população, em regime ambulatorial”, acrescenta. Nesse regime, que vem sendo cada vez mais empregado, o paciente é operado e retorna para casa no mesmo dia, permanecendo em acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais.

 

O novo microscópio e o facoemulsificador foram apresentados ao secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso, durante a cirurgia de catarata realizada num paciente por uma equipe de especialistas. Acompanhando o procedimento no centro cirúrgico, o secretário, médico de formação, pôde trocar informações com os médicos e conhecer o método em detalhes. Após a cirurgia, uma cerimônia no auditório da Policlínica reuniu, além do secretário, o coordenador da pesquisa, Riuitiro Yamane, professores, alunos e diversas outras autoridades ligadas à universidade, à Policlínica e ao Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), da Uerj.

 

Na Policlínica, além de serviços à população, na área de oftalmologia, são realizadas regularmente importantes pesquisas pela comunidade científica. Para o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, no entanto, nos últimos anos a Policlínica tem estado bem distante de sua importância histórica como centro de referência nacional no desenvolvimento de estudos sobre a visão. “Desde o ano passado, a FAPERJ tem apoiado com maior intensidade várias pesquisas em nossa universidade. A instalação destes aparelhos visa resgatar não só o papel da Policlínica, como também do Hupe, como centro de excelência nacional na área de medicina”, afirmou Vieiralves.

 

Cardoso lembrou o investimento feito e cobrou um comprometimento maior por parte dos beneficiados. “Para contarmos com esta tecnologia de ponta, precisamos que os funcionários, alunos e pesquisadores da Uerj se comprometam com seus deveres, que é o de realizar pesquisas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população. A Uerj precisa assumir seu papel de destaque no cenário nacional e liderar uma reforma universitária em todo o país”, complementou o secretário.

Por último, João José Caramez, diretor da Policlínica Piquet Carneiro, enfatizou o papel do microscópio e do facoemulsificador no centro cirúrgico como elementos essenciais para o resgate da Uerj para o cotidiano da policlínica. “Este aparelho irá reforçar não só nossa demanda por cirurgias como trazer os alunos do Centro Biomédico do Hupe para a nossa policlínica”, disse.

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