Roni Filgueiras
Fotos de divulgação |
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Promovida pelo Instituto Sangari, representante do prestigiado Museu de História Natural de Nova York, a mostra tem curadoria do autor de "Darwin: Descobrindo a Árvore da Vida", Niles Eldredge, e fica no Museu Histórico Nacional (MHN) até 13 de abril, indo em seguida para Brasília. O evento arrastou um público recorde em São Paulo: mais de 175 mil visitantes em apenas dois meses. Entre os mais de 400 artefatos, alguns fósseis de madeira petrificada, braquiópodes (conchas), corais recentes e cefalópodes (moluscos) foram cedidos pelo Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da UFRJ. Esses itens fazem parte do acervo científico do futuro Museu de Geologia, projeto do professor adjunto e chefe do Departamento de Geologia da UFRJ, Emílio Veloso Barroso, apoiado pela FAPERJ no edital Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia no Estado do Rio de Janeiro.
“É uma exposição bonita e didática. Para nós é interessante estar junto de instituições importantes”, avalia Barroso, cuja meta é inaugurar o museu de 400 metros quadrados, e que vai funcionar dentro do departamento, ainda este ano. “O Departamento de Geologia comemora 50 anos em 2008 e vamos criar este museu para abrigar nossas coleções minerais e fósseis. Com o apoio da FAPERJ desenvolvemos o material expositivo. Já temos também o projeto arquitetônico, agora estamos captando recursos para finalizar o projeto”, conta o pesquisador.
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Em entrevista exclusiva ao Boletim da FAPERJ, o empresário Ben Sangari, presidente do Instituto Sangari, representante oficial do Museu de História Natural de Nova York, afirma que seu objetivo ao promover este intercâmbio é de difundir a cultura junto a crianças, jovens e educadores e consequentemente contribuir para a melhoria da qualidade da educação por meio do ensino de ciências.
Aos 46 anos, pai de duas adolescentes que moram na Inglaterra, casado pela terceira vez com uma brasileira, este físico de formação escolheu há dez anos São Paulo para morar. “Já vivi em vários lugares do mundo, mas me apaixonei pelo povo daqui”, conta Sangari, que fundou o instituto que leva o nome de sua família (iranianos radicados na Grã-Bretanha), em 2003. “Educação é nosso negócio há 40 anos”, contabiliza Sangari, cujos investimentos estão presentes em 15 países. No Brasil, ele tem parcerias com secretarias de educação em nível federal, municipal e estadual em Minas Gerais, Bahia e Paraná, e mais recentemente no Distrito Federal.
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A tal solução para a melhoria do ensino, segundo Sangari, é justamente a promoção da ciência. “Por que a ciência? Por algumas razões. A primeira é que a ciência está em todas as áreas de nossa vida. Não conseguimos mais pensar uma vida sem eletricidade, por exemplo. A ciência e a tecnologia estão em tudo, na medicina, no entretenimento, seja você um fazendeiro, um médico ou político. A segunda razão é que vivemos numa democracia e um indivíduo só pode ter voz ativa neste sistema se tiver um bom nível de conhecimento e educação”.
O empresário-cientista aponta o desinteresse dos alunos em sala de aula como um dos motivos para a evasão escolar no mundo todo, seja em países ricos ou pobres. “A forma como se ensina hoje provoca tédio nos alunos. Pesquisamos uma forma de reverter isso e achamos que trazer alunos e professores para exposições de ciência é a melhor ferramenta para provocar a curiosidade pelo conhecimento e pelo aprendizado”, diz.
Sangari comemora o sucesso de sua empreitada junto aos professores, estudantes e público em geral ressaltando que foram distribuídos 60 mil materiais didáticos em São Paulo. Mas ele quer mais. Até 2011, ele planeja trazer para o país várias mostras já montadas em NY, com temas atuais como a revolução genômica (que estréia em fevereiro, em São Paulo), Albert Einstein, água e mudanças climáticas. “Nossa expectativa é de atrair 12 milhões de pessoas para essas exposições científicas”. Darwin e a C&T agradecem.
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