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Publicado em: 01/11/2007
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Museu Nacional inaugura sala de vídeos até fim de novembro

 

 Vinicius Zepeda

     
   Sérgio Alex: diretor usou recursos
  da FAPERJ para criar sala de vídeo
Até o fim de novembro, o Museu Nacional, no parque da Quinta da Boa Vista, vai ganhar seu tapete vermelho. O adereço vai marcar a abertura da sala de vídeo Major Luiz Thomas Reis. Com capacidade para até 27 pessoas, a sala servirá, segundo o diretor da instituição, Sérgio Alex Kugland de Azevedo, tanto para discutir a produção feita pelos pesquisadores da instituição, quanto sala de aula, já que o Museu Nacional, vinculado à UFRJ, abriga cursos de pós-graduação em cinco áreas. E ainda será uma ferramenta de apoio para exposições, visando o público externo.

Atualmente, segundo Sérgio Alex, um terço das pesquisas de campo já contam com o registro visual: "Já há algum tempo os pesquisadores se preocupam em realizar uma documentação em vídeo. Mas não havia aqui no museu uma sala apropriada para apresentar este trabalho". Foi no fim do ano de 2006 que a idéia amadureceu. A verba de R$ 69 mil foi liberada pela FAPERJ este ano e as obras estão na reta final. Foram comprados equipamentos e feitas as instalações: cadeiras, sofá, projetor, equipamento de som e luz, telão, ar-condicionado.

O acervo da instituição, apesar de não ser centralizado, conta com cerca de 300 títulos. Desse total, cerca de 50 filmes são documentários científicos e registros de campo com algum vínculo com o MN, como Em busca dos dinossauros, de Sergio Alex e Luciana Barbosa de Carvalho; Memória camponesa, de Moacir Palmeira e Marcelo Hernandez do Departamento de Antropologia; Uma assembléia Ticuna, de João Pacheco de Oliveira, do Departamento de Antropologia; Fernando de Noronha, o arquipélago das esponjas, de Fernando Moraes, do Departamento de Invertebrados; Ilha da Trindade, pedaço pouco conhecido do Brasil, de Fernando Moraes, do Departamento de Invertebrados; Muita terra para pouco índio e Pisa ligeiro, ambos do Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (Laced), do Departamento de Antropologia; e Cineastas indígenas, que reúne dois médias-metragens sobre a tribo kuikuro: Imbé Gikegü – Cheiro de pequi e Nguné Elü – O dia em que a Lua menstruou, de Carlos Fausto e Bruna Franchetto, do Departamento de Antropologia.

Há ainda uma sala anexa à de exibição que servirá para editar, finalizar e apresentar a produção dos pesquisadores. Segundo Sérgio Alex K. de Azevedo, a idéia é manter uma programação regular, incluindo ciclos temáticos, como os dinossauros no cinema. Tema aliás que Alex explora em livro a ser lançado até o fim do ano pela editora do MN. No livro Os dinossauros vão ao cinema, o paleontólogo, biólogo e geólogo analisa o fascínio que os répteis pré-históricos exerceram ao longo de mais de cem anos de sétima arte, tanto no público quanto nos diretores, roteiristas e produtores. E lista os títulos que trataram do tema, desde os primeiros longas como King Kong até o blockbuster Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros.

Sobre o nome escolhido para batizar a sala, Sérgio Alex conta que se trata de uma homenagem a um dos precursores do cinema documental no país. Segundo o cineasta Sylvio Back, é provavelmente de Thomaz Reis as primeiras imagens dos indígenas brasileiros registradas no filme Os Sertões de Mato Grosso (1912). "O major Luiz Thomas Reis era o cinegrafista do marechal Rondon, e isso já seria motivo suficiente", justifica Azevedo. "Mas tanto para o cinema quanto para o museu, há outras qualificações. A Comissão Rondon começou a produzir filmes nos anos 1930 e mesmo Luiz Thomas Reis não sendo o único cinegrafista de Rondon, ele foi o primeiro a fazer filmes de qualidade", conta o paleontólogo.

O militar, que já produzia filmes nos anos 10 do século XX, viajou para a Europa com a incumbência de comprar negativos e equipamentos para registrar as expedições geopolíticas à Amazônia de Rondon, a partir de 1907, com a missão de construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antonio do Madeira. Reis também desenvolveu uma nova técnica de revelação nos trópicos. A idéia de Sérgio Alex é inaugurar a sala com uma retrospectiva do sertanista-cinegrafista, com uma exposição de seus equipamentos, que fazem parte do acervo do museu.

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