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Publicado em: 11/10/2007
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Parque Paleontológico de Itaboraí apresenta novas instalações

Vinicius Zepeda

 Vinicius Zepeda

     
   A coordenadora do IVP, Maria Antonieta, e 
     o presidente da FAPERJ, Ruy Marques

Uma festa no parque com crianças, brincadeiras com quebra-cabeças, jogo da memória e... fósseis. Uma série de oficinas e exposições para 300 estudantes de escolas públicas marcou a Semana Nacional de C&T nas novas instalações do Parque Paleontológico de São José de Itaboraí, no dia 5 de outubro. Localizado no município de Cabuçu, a cerca de 45km do centro do Rio, o parque abriga a bacia calcária de São José de Itaboraí, única do gênero do estado com presença de fósseis, principalmente mamíferos primitivos, répteis, aves e sementes, surgidos após a extinção dos dinossauros (há cerca de 70 milhões de anos).

Organizado pela FAPERJ, o evento "Um dia no Parque" contou com a presença do presidente da Fundação, Ruy Garcia Marques, autoridades locais, representantes do Instituto Virtual de Paleontologia (IVP). "Estou impressionado com o potencial educativo deste local, que é o único do mundo com fósseis de animais surgidos logo após a extinção dos dinossauros", afirmou Ruy Marques.

Os dois novos galpões doados pela prefeitura de Itaboraí abrigarão a sede do parque e exposições sobre rochas e fósseis da Bacia de São José de Itaboraí. "Estas instalações serão usadas como biblioteca, um centro profissionalizante e uma sala com computadores e DVD. Os equipamentos foram todos comprados com recursos da Fundação", lembrou a coordenadora do IVP, Maria Antonieta Rodrigues.

O presidente do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-Rio), Flavio Erthal chamou a atenção para a participação da comunidade para sensibilizar a prefeitura e o governo do estado sobre a relevância do parque não só para a ciência, mas na geração de empregos na área de ecoturismo. E destacou ainda as ações do DRM-Rio. "Com certeza, o JT é um diferencial no projeto Caminhos Geológicos, desenvolvido por nós, que busca demarcar com placas as áreas de riqueza geológica em todo o estado. Já colocamos, inclusive na BR-101, placa indicativa do parque".

 Vinicius Zepeda
 

Crianças se divertem com jogos e workshops

O subsecretário municipal de Meio Ambiente de Itaboraí, Heleno Cruz, incentivou a ampliação do trabalho do IVP. "É importante que mais escolas participem do projeto e que a administração do parque seja descentralizada e passe às mãos da comunidade científica. Ninguém melhor do que eles para saber da importância e do potencial local", explicou.

"Continuaremos apoiando o trabalho que já vem sendo desenvolvido", disse o presidente da FAPERJ que lembrou a importância de se incentivar o programa Jovens Talentos (JTs) - parceria entre Fiocruz, Cecierj e FAPERJ de incentivo a estudantes do ensino médio/técnico da rede pública fluminense para atuar em pesquisas desenvolvidas em universidades. Marques acompanhou as oficinas e visitou a lagoa calcária, onde, em conjunto com várias entidades, como o DRM-Rio, Petrobrás e a ONG Instituto Walden, o IVP/FAPERJ (Instituto Virtual de Paleontologia) promove ações desde 2003, como a revitalização do parque.

Onde antes havia apenas mato e uma lagoa calcária, atualmente atuam 14 bolsistas JTs das áreas de geologia, paleontologia, arqueologia, arqueologia histórica, educação e meio ambiente. Eles são orientados por professores universitários ligados ao IVP para atuar como guias-mirins e guardiões do parque. Durante o evento, várias crianças participaram de oficinas de lascamento (em que aprendiam técnicas para procurar fósseis em rochas calcárias), fábricas de fósseis (em que se podia aprender a fazer réplicas de fósseis) e várias brincadeiras sobre a importância do local e a rica fauna e flora da região.

 

O Parque Paleontológico de São José de Itaboraí

 Vinicius Zepeda

 
Na região do lago calcário de Itaboraí, há
registros de rochas de 70 a 65 milhões de anos
Situado numa área de 1,341 milhão m2, que, desde 1928 vinha sendo explorada como mina de calcário pela Companhia Mauá de Cimento, o terreno foi doado ao município em 1984, quando a empresa encerrou suas atividades na região. Ali, há registros de rochas que variam de 70 a 65 milhões de anos até depósitos mais recentes relacionados ao homem pré-histórico. Sua importância é tanta que ela vem sendo estudada por pesquisadores nacionais e estrangeiros.

Às margens da bacia, podem ser encontrados fósseis do período Paleoceno de Itaboraí, relacionados aos existentes na Patagônia e sem outros representantes nas Américas. Eles são responsáveis pela definição, reconhecida na coluna internacional de tempo geológico, como andar Itaboraiense.

Ao encerrar atividades, a empresa deixou uma cava de 70 metros de profundidade que foi preenchida por água subterrânea e das chuvas, criando um lago artificial que atualmente abastece os cerca de 10 mil moradores de São José de Itaboraí. Em 2 de abril de 1990, a prefeitura municipal de Itaboraí declarou a área de utilidade pública e, em dezembro de 1995, foi criado o Parque Paleontológico de Itaboraí.

Como parte da revitalização do parque, a Ong Instituto Walden, uma das parceiras do IVP, elaborou um projeto que prevê museu, trilhas ecológicas/geológicas, laboratórios e infra-estrutura para os visitantes. Tudo isso visa também a criação de empregos, uma vez que desde o fim da atividade cimenteira na região, São José de Itaboraí entrou em processo de decadência econômica, transformando-se em cidade-dormitório.

 

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