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Publicado em: 27/09/2007
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Era uma vez uma fábrica brasileira de vacinas...

Roni Filgueiras

Reprodução

      
     Inovação em Saúde traça a
     trajetória de Bio-Manguinhos
A Editora Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) promove dois lançamentos de livros, no próximo dia 3 de outubro, às 19h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417, Leblon), que abordam temas de medicina e saúde no país. Inovação em Saúde refaz a trajetória da Bio-Manguinhos, a fábrica de vacinas da Fiocruz, criada há 31 anos, que responde por 47% das vacinas produzidas no Brasil e foi premiada como a Melhor Instituição de Saúde Pública do Mundo, pela World Federation of Public Health Associations, em 2006.

Organizada por um time de historiadores e pesquisadores de áreas biomédicas e de gestão da saúde, incluindo o atual ministro José Gomes Temporão, o livro tenta dar conta da realidade e das estratégias de uma instituição pública que se posiciona lado a lado de gigantes farmacêuticas no mercado. Dividida em três partes, na primeira, História e Imunização no Brasil, Nara Azevedo, Jaime Benchimol e Carlos Fidelis Ponte – três dos organizadores da edição e que já tiveram apoio da FAPERJ – reconstituem os aspectos históricos. "A idéia é de que pudéssemos falar não só do passado, mas do presente, das questões de produção de vacina feita por uma instituição pública, que enfrenta o forte esquema das multinacionais farmacêuticas", conta Nara.
 
Na segunda, Registros da Memória: Depoimentos sobre Bio-Manguinhos, foram reunidos depoimentos de testemunhas oculares de vários períodos da unidade técnico-científica da Fiocruz. "A necessidade de se criar Bio-Manguinhos veio a partir da conscientização do Ministério da Saúde de que não havia uma estrutura de vacinação para se combater uma epidemia de meningite. Não tínhamos como enfrentar epidemias. Então, importou-se uma fábrica inteira da França, em 1975. Em seguida, Bio-Manguinhos fez um acordo com o Japão, com transferência de tecnologia para a fabricação de vacina contra o sarampo. E começamos a treinar e criar aprendizado com nossas equipes. E o livro trata disso: como se forma uma instituição com tecnologia brasileira", conclui Nara.

No terceiro capítulo, intitulado Dinâmica Industrial e Estratégias de Inovação em Vacinas, artigos assinados por Temporão, Carlos Gadelha (vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz) e outros examinam as estratégias adotadas pela unidade para se manter competitiva no mercado privado de imunobiológicos. "A Fiocruz tem tradição nisso e Bio-Manguinhos herdou essa função de produzir vacinas de interesse da América Latina e sem atrativo mercadológico. Agora, enfrentamos as multinacionais, que entraram no mercado de vacinas, quando ele ficou atraente nos últimos 30 anos, com produtos de última geração, com tecnologia que emprega DNA, de alto valor agregado", explica Nara.

Adolfo Lutz e a história da medicina tropical no Brasil

 Reprodução 
         
 Zoologia é um dos temas de
 Adolpho Lutz Obra Completa
A outra novidade da noite de autógrafos é Adolpho Lutz Obra Completa, de Jaime Larry Benchimol e Magali Romero Sá. A monumental obra, em edição bilíngüe, português e inglês, terá seus últimos dois volumes (compostos de cinco livros cada um, em média) lançados na Argumento. O trabalho tem apoio da FAPERJ e foi agraciado com o 2 lugar na categoria Ciências Naturais e Ciências da Saúde do Prêmio Jabuti.

A obra completa traz 12 livros, que podem ser comprados individualmente ou acondicionados numa caixa. Cada livro traz trabalhos relacionados aos temas de interesse de Lutz, com versão fac-símile do trabalho publicado em alemão. Alguns desses artigos, traduzidos para o português, permaneciam inéditos no Brasil.

Com isso, encerra-se a série de títulos de Adolpho Lutz Obra Completa, fruto de uma extensa pesquisa iniciada em 2002 e executada pelos historiadores da medicina, da Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz. O trabalho desdobrou-se ainda numa biblioteca virtual de acesso gratuito (http://www.bvsalutz.coc.fiocruz.br/html/pt/static/index.htm) que traz, por exemplo, uma vasta iconografia deste descendente de imigrantes suíços, nascido no Rio, em 1855, formado em biologia e medicina. Lutz inaugurou os estudos sobre doenças animais e verminoses humanas no país, como a esquistossomose, hanseníase, e doenças infecciosas, como tuberculose, febre tifóide, meningite, febre amarela.

Vale lembrar que Yes, Nós Temos Pasteur – Manguinhos, Oswaldo Cruz e a História da Ciência no Brasil (Editora Relume – Ediouro), lançado em julho, também pode ser incluído entre os recentes lançamentos sobre história da medicina no país. O livro de Henrique Cukierman, professor adjunto do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe/UFRJ, lança luzes sobre a construção de Manguinhos, o polêmico processo de saneamento da então capital federal e da importância de Cruz, figura de destaque da ciência nacional do começo do século XX, que carimbou o projeto de entrada do Brasil para a moderna medicina.

Leia mais:

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Adolpho Lutz ganha Biblioteca Virtual e mais 2 livros de sua Obra Completa

- Adolpho Lutz: Obra Completa Volume I (4 Livros)

- Adolpho Lutz: Obra Completa Volume II (Livro 1)

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Adolpho Lutz e a Entomologia Médica no Brasil

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