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Publicado em: 19/07/2007
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Mais 31 novos livros aprovados no programa de editoração

Divulgação 

 

Novo catálogo de publicações da
FAPERJ: 456 títulos repertoriados

No país do futebol meninas podem jogar?; O PCB cai no samba: as relações entre comunistas, cultura popular e repressão no Rio; Memória dos judeus no Rio; Religiosidade negra e inquisição portuguesa; Nietzsche e os gregos; Favela e produção da informalidade urbana. Esses são alguns dos temas de 31 novos livros que serão publicados a partir do segundo semestre, com o apoio do programa de auxílio à editoração da FAPERJ. O primeiro deles é uma biografia da poetisa Cecília Meireles. Segundo a coordenadora de editoração da FAPERJ, professora Ismênia Martins, ainda este ano será anunciada mais uma nova série de novos títulos, de pesquisadores que tiveram propostas apresentadas até junho de 2007.

A divulgação dos projetos aprovados para publicação está prevista para o mês de outubro. Os contemplados integrarão o acervo de publicações da FAPERJ, que já conta com 400 livros, que conta ainda com um acervo de 56 publicações em outros suportes como CDs, DVDs e vídeos. A série de títulos recém-contemplados pela fundação neste mês privilegiou 13 áreas: antropologia, arquitetura e urbanismo, artes, comunicação, educação física, filosofia, história, letras, medicina, planejamento urbano e regional, psicologia, serviço social e sociologia.

Todos são assinados por autores com titulação mínima de doutor, representando instituições como Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica, Universidade Cândido Mendes, Fundação de Apoio ao Ensino Técnico, Fundação Casa de Rui Barbosa, Museu de Astronomia, Fundação Oswaldo Cruz, Universidade do Rio de Janeiro, Instituto Superior de Ensino La Salle e Fundação Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

O objetivo do programa de editoração é difundir a produção de textos de pesquisa de menor apelo comercial, mas de relevante contribuição científica. Além das livrarias, os novos volumes co-editados pela FAPERJ e editoras fluminenses – selecionadas através de licitação de orçamento entre três editoras – contam com distribuição em bibliotecas públicas e instituições de pesquisa, sendo ainda divulgados nos estandes da Fundação em encontros anuais da SBPC, Bienal do Livro e eventos acadêmicos, como a Anpocs (Associação Nacional de Pesquisadores em Ciências Sociais) e Anpuh (Associação Nacional dos Professores Universitários de História).

Biografia de Cecília Meireles inaugura nova série

O próximo trabalho de pesquisa a ser transformado em livro é a biografia da poetisa Cecília Meireles, A dama da lua, de Ida Vicenzia. A pesquisa foi agraciada com o Prêmio Monografia da Fundação Casa Ruy Barbosa, em 2004. O trabalho é parte da tese de doutoramento em Literatura Brasileira, obtido pela jornalista, crítica e professora de teatro, Ida Vicenzia, em 2006.

Durante seu doutorado na PUC, a pesquisadora fez especialização em Teoria Teatral, na Sorbonne Nouvelle, Université Paris III, com o trabalho Le Drame dans le Théatre, com orientação de Jean Pierre Sarrazac em 2005. Mas a vida e a obra da poetisa, teatróloga, cronista e jornalista Cecília Meireles, fazem parte da sua rotina há 11 anos, quando Ida iniciou seu mestrado na PUC/Rio em 1996, e produziu a dissertação Cecília Meireles: de liberdade e outros assuntos.

Além da literatura, a pesquisadora ressalta outras facetas da poetisa, que atuou com sucesso como professora e educadora, jornalista, radialista e cronista. "Era uma mulher de muita ousadia para sua época. Ela também fez um trabalho na Fundação Pestalozzi com teatro que conseguia mobilizar e motivar pessoas com graves deficiências. Nesse projeto ela levava a filha, a atriz Maria Fernanda, que escrevia os autos a serem representados. Cecília era adorada por suas alunas, entre elas a Dona Zoé Chagas Freitas, que me deu um belo depoimento", conta.

Ida Vicenzia destaca também a ligação de Cecília com o projeto Escola Nova. Sua pedagogia focada na criatividade e sua importante atividade como educadora foram interrompidas com as perseguições sofridas no governo de Getúlio Vargas. "Ela foi convidada a dirigir a Biblioteca Infantil do Mourisco, na época em que Anísio Teixeira e Gustavo Capanema estavam à frente dos grandes programas de educação do país. Mas com o Estado Novo, perdeu a direção da biblioteca", lembra a pesquisadora . Ela relata como Cecília Meireles terminou sua carreira na educação pública como diretora de uma escola em Manguinhos.

A partir daí, a poetisa, que já fazia programas femininos na Rádio Mec e se firmava como cronista nos jornais A manhã, Folha Carioca e Diário de Notícias, com respaldo de nomes como Carlos Drummond de Andrade, passou a dedicar-se à tradução e concepção de peças teatrais. A pesquisa de Ida lembra ainda outros aspectos da trajetória de Cecília Meireles, como a influência das inúmeras viagens que fez – outra de suas paixões – à Europa, Ásia e interior do Brasil, em sua obra literária. A dama da lua tem lançamento previsto para o segundo semestre desse ano.

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