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Publicado em: 12/07/2007
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Museus virtuais de ciências: um espaço para estimular a curiosidade

Vinicius Zepeda


 Vinicius Zepeda

        
       Luísa Massarani falou sobre 
    projetos de divulgação científica
 

A interatividade com novas tecnologias, em especial o computador, cada vez mais presente em nosso cotidiano, tem proporcionado uma revolução no ensino de ciências. A afirmação foi feita pelo professor de física e coordenador do Museu Exploratório de Ciências da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcelo Knobell, durante a palestra O encantamento do público na divulgação científica, realizada na quarta-feira, 11 de maio, dentro das atividades da 59 Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), que está ocorrendo em Belém, entre os dias 9 e 13 de julho. Além de Knobell, ainda houve apresentação da jornalista especializada em divulgação científica Luísa Medeiros Massarani, da Fiocruz (Fundação Instituto Oswaldo Cruz).

Marcelo Knobell apresentou as atividades desenvolvidas no Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, como o Oficina-Desafio, que consiste em um caminhão equipado com artefatos usados por participantes para solucionar os desafios científicos. O caminhão visita escolas que inscrevem alunos para a tarefa que, dependendo do grau de dificuldade, pode levar um curto período (pequenos desafios) ou até meses (grandes desafios). Outro projeto, o Nanoaventura, é uma exposição itinerante e interativa de ciências, em que vídeos, atores, músicas e jogos eletrônicos ensinam, de maneira lúdica, conceitos de nanociência e nanotecnologia - áreas que vislumbram o que está em escala nanométrica, não visível a olho nu.

"Diferentemente dos museus expositores tradicionais, os museus virtuais de ciências não são só conteúdo; eles consistem principalmente em um estímulo à curiosidade. Neles, o público é incentivado a participar, interagir com várias dinâmicas através de jogos, simulações e desafios", explicou Knobell. "Estes novos espaços invertem o papel tradicional dos museus, onde o adulto leva e ensina as crianças. Graças aos jogos, atividades interativas e uso de computadores, as crianças é que ensinam os adultos, que têm dificuldade em entender as novas tecnologias e recursos disponíveis", acrescentou o pesquisador.

Após a apresentação de Knobell, foi a vez de Luísa Massarani falar sobre a adaptação de projetos de divulgação científica na Europa, Estados Unidos e Austrália, como o Café e o Pub Científico, locais usados para encontros em que se debatem temas científicos em voga na atualidade. "Já realizamos três tipos de eventos que foram sucesso absoluto, com lotação esgotada: o Cachaça Científica e o Chopp Científico - que reuniram, dentro da atmosfera de uma conversa informal de botequim, pesquisadores, atores e poetas para falar dos aspectos científicos, riscos e benefícios das substâncias presentes nestas bebidas. No Cozinha Científica, houve duas versões, uma para adultos e outra para crianças, em que se falava sobre a ciência por trás da preparação de certos pratos", explicou.

Após as apresentações, foi aberto espaço para debates com o público. Gerlinde Teixeira, médica, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenadora do Espaço Ciência da universidade, lembrou a importância de se estimular o gosto pela ciência entre os jovens e mencionou o programa Jovens Talentos, parceria entre Fiocruz, Cecierj e FAPERJ, que seleciona estudantes do ensino médio/técnico da rede pública, interessados em ciência, para atuar em pesquisa. O objetivo é desmistificar e difundir a ciência e identificar novos quadros.

"Atualmente, coordeno um grupo de 10 jovens estudantes de segundo grau que, duas vezes por semana, sempre à tarde, desenvolvem atividades no meu laboratório. Destes, oito são bolsistas Jovens Talentos (JTs). Desde 2000 tenho estudantes desse programa, que é maravilhoso e deve ser incentivado. De todos os JTs que passaram pela minha orientação, apenas dois não ingressaram na universidade, mas já estão encaminhados no mercado de trabalho", concluiu a médica.

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